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Ao lado das saídas, resíduos exportados como matéria-prima (REM) representam 11.719,43 t ou

6,27% das exportações. A origem da maior parte dos REM não pode comprovada (7.586,67 t),

mas verificou-se que o tipo de resíduo mais expressivo dentro desta subcategoria corresponde a

desperdícios e resíduos de ferro fundido, ferro ou aço, com massa equivalente a 4.610,77 t.

Especula-se que esses resíduos sejam oriundos da indústria, pois outras 1.546,32 t do mesmo

tipo de resíduo apresentam registros de origem no setor industrial. Assim os resíduos industriais

são aqueles com maior participação nas exportações (3.465,43 t), mesmo ao se desconsiderar a

parcela de resíduos de ferro sem comprovação. Quanto à periculosidade dos resíduos exportados

para reciclagem, entre os resíduos industriais, 307,78 toneladas é classe I (perigosos). Nesse

grupo sobressaem os óleos e os solventes encaminhados para recuperação.

A outra subcategoria de REM cuja origem foi comprovada é a de RSU, encaminhados para a

reciclagem (667,33 t). Comparando-se esse valor com a massa de RSU destinado à natureza

exterior (1.541,7 t), verifica-se a parcela reciclada corresponde a 30,2% do total gerado no

município em 2011. São reciclados plásticos, papéis, cartões, vidros e metais.

Os fluxos inferiores, à direita da figura 3, correspondem a resíduos cujo destino é a natureza.

Totalizam 76.946,6 t, as quais representam 29,18% das saídas de materiais. Saídas para a

Natureza Local (SNL) são a maior parte (53.977, t), cuja subcategoria mais expressiva

corresponde a emissões aéreas de CO

2.

Destas 33.439,54 t são resultantes da combustão de

derivados de petróleo e 5.414,50 t da combustão de biomassa. Resíduos da construção civil são a

segunda maior parcela de SNL (6.344,40 t), cujo destino é a disposição em um terreno, no

município, sem licença ambiental para esses fins. Não foi possível realizar uma discriminação dos

RCC por classe. A terceira maior parcela de SNL corresponde a resíduos da agricultura (4.561,22

t), entre os quais predominam fertilizantes e corretivos do solo dissipados na natureza (3.872,24 t),

seguidos de sementes (442,34 t) e herbicidas, fungicidas, etc (246,47 t). Por fim, resíduos de

serviços de saneamento básico correspondem a 4.069,32 t, mas é preciso fazer uma observação:

apenas 885,42 t correspondem a sólidos. Outras 3.183,90 t correspondem à eliminação de

bebidas consumidas pelos habitantes de Feliz. Esse cômputo é necessário para fins de

fechamento do balanço entre entradas e saídas. A água utilizada como veículo para os resíduos

não foi estimada. Resíduos industriais correspondem a menor parcela de SNL, 148,42 t.

O destino de 19,904.67 t de resíduos não pode ser identificado, mas correspondem, em sua maior

parte, aos resíduos da pecuária (11.872,77 t): resíduos de cama de aviário (7,840.65 t) e dejetos

animais (4.032,12 t). A parte restante corresponde aos resíduos de serragem (6.829,27 t) e

resíduos industriais (1.202,63 t).

Dos resíduos para a natureza exterior, predominam os RSU (1.541,7 t), encaminhados a um

aterro sanitário, no Município de Minas do Leão. Resíduos industriais são a segunda maior

parcela (1.177,83 t), dos quais, segundo os relatórios armazenados pela FEPAM e pelo DEMA,

1.023,58 t são encaminhados para aterro sanitário e 154,25 t, encaminhados para queima.

Resíduos de serviços de saúde constituem a menor parcela (345,00 t), destinados à incineração.

Quanto ao destino dos resíduos exportados, verificou-se que foram direcionados a 33 municípios

diferentes. Entre os receptores de maiores massas estão os municípios de Minas do Leão e de

Caxias do Sul, ambos no estado do Rio Grande do Sul. O aterro sanitário recebeu, no ano de

2011, 1.782,14 toneladas de RSU oriundos de Feliz. Já, o município de Caxias do Sul recebeu

resíduos industriais de ferro e aço, que foram destinados para a reciclagem. Apenas uma parcela

pequena dos resíduos (212,84 t) foi exportada para outras Unidades da Federação.