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5. RESULTADOS: FLUXOS GLOBAIS DE RESÍDUOS DE FELIZ
A Figura 3 apresenta, em setas cinza, os fluxos de resíduos de Feliz, em 2011. Também são
demonstrados, em setas brancas, os demais fluxos de materiais previamente estimados por Kuhn
(2014). A intenção da demonstração conjunta foi de expressar a representatividade dos fluxos de
resíduos em relação ao sistema, como um todo. Devido às restrições de espaço no presente
artigo, apresenta-se, nesta seção, somente o gráfico de fluxos globais, mas as informações
obtidas com o método proposto permite que todas as categorias e subcategorias de resíduos
sejam desmembradas em gráficos parciais, caracterizando cada classe individual de resíduo.
No lado das entradas, os resíduos importados como matéria-prima (RIM) correspondem a
42.128,92 t – 17,1% das importações e 12,1% das entradas totais (importações + extração=
347.453,32 t). As parcelas cujos setores importadores foi possível identificar destinam-se aos
setores agrosilvopastoril ou industrial. A totalidade dos RIM importados pelo setor agrosilvopastoril
são, especificamente, destinadas à cadeia produtiva da pecuária de ciclo integrado e
correspondem a insumos para produção de preparações utilizadas na alimentação de animais.
Aqueles importados pela indústria correspondem a resíduos de plástico (8.962,57 t) e a
desperdícios e resíduos de ferro fundido, ferro ou aço (3.637,59 t). Entre as empresas
cadastradas na Secretaria Municipal da Fazenda de Feliz, no ano de 2011, há registro de uma
recicladora plástico e de metalúrgicas, as quais, provavelmente, seriam as destinatárias dessas
duas classes de resíduos importados.
Figura 3. Fluxos de resíduos do município de Feliz, RS (Fonte: figurai elaborada pelos autores).