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as relações entre os fluxos de resíduos e os fluxos de materiais totais e (b) identificar
oportunidades para fechamentos dos ciclos dentro do município.
4. MÉTODO PARA A ANÁLISE DE FLUXOS DE RESÍDUOS DE MBPP
Os procedimentos desenvolvidos são baseados, conceitualmente, em um modelo que assume
que as atividades humanas ocorrentes no município em análise estão embutidas dentro do
sistema planetário, conectando-se a ele via fluxos de materiais e energia (EUROSTAT, 2001).
Assim, os fluxos de materiais e resíduos ingressantes ou expelidos estariam conectados ao
ambiente natural do município e a sistemas externos (Figura 1). Analisados sob a ótica do modelo
proposto, os municípios e seus subsistemas são sistemas abertos, dependentes do ambiente
exterior para que parte de suas funções sejam supridas. Todos os recursos demandados pelo
sistema são chamados entradas (demonstradas nas setas à esquerda da Figura 1), as quais são
derivadas, originalmente, ou do ambiente do município (categoria extração), ou podem ingressar
no sistema tendo como origem outros sistemas (categoria importação). Todos os materiais que
saem do sistema são denominados saídas (identificados nas setas, à direita da Figura 1), os quais
podem ser: materiais extraídos ou processados localmente e depois exportados (categoria
exportação); assim como os materiais expelidos depois de serem “metabolizados” (categoria
emissões para a natureza / resíduos). Para ilustrar esse conjunto de fluxos, o termo “metabolismo
urbano” tem sido sugerido e diversas pesquisas no contexto internacional têm desenvolvido
propostas para operacionalizar as estimativas e análises.
A maior parte dos estudos recentes adota como referência, no que se refere aos procedimentos
gerais e à categorização de fluxos, um guia metodológico proposto pela Agência de Estatística da
União Europeia, para a AFM na escala dos países (EUROSTAT, 2001). Assim, ao se pretender
utilizá-lo em outros contextos, são necessárias adaptações regionais e de escala.
Figura 1. Categorias de fluxos de materiais propostas por EUROSTAT (2001) para a AFM de países da
União Europeia (fonte: a ilustração, com destaque aos resíduos, foi elaborada pelos autores).
A figura 1 apresenta a totalidade das categorias de fluxos propostas por EUROSTAT (2001). Os
procedimentos de quantificação visam estabelecer uma relação, em massa (toneladas), entre
entradas e saídas, de modo que se possa averiguar a consistência das estimativas. Assim, a
seguinte expressão deve ser atendida: IMP + EXT = EXP + SN + EST + RI