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aims to verify the behavior of light pipes, which are not very commonly used in the country, in the

context of the city of Porto Alegre. The methodology consisted of an experimental study performed

with reduced-scale models and it was done in two parts. During the first one, we tested pipes (30 cm

height x 5 cm diameter) with different types of internal reflexive coating, without the use of heliostat

in the superior part, to verify which one conducted the highest amount of light. That material was

selected for the second phase, which consisted in testing a 150 cm x 5 cm pipe with a heliostat on

top to capture sunlight and redirect it into it. The results show that this kind of technology has great

potential when the sky is clear, when direct sunlight occurs, but its efficiency

decreases considerably during cloudy days. Dazzle and thermal charge transfer are the main

limitations and this technology should find strategies to face them. Hybrid systems, in which electric

light complements insufficient luminosity and the use of a heliostat, might be needed depending on

solar position.

Keywords:

Sunlight; Light-pipe; Heliostat; Underground buildings; Sustainability.

1. INTRODUÇÃO

O alto crescimento populacional nos grandes centros urbanos implica a necessidade de mais áreas

nas cidades, a fim de atender às novas demandas urbanas como habitação, lazer e redes de

infraestrutura. Nesse contexto, o conceito de cidade compacta é trazido à tona como alternativa

para produzir cidades mais sustentáveis, enfatizando o uso mais eficiente do solo existente

(BESNER, 2002). Essa forma de pensar a cidade procura evitar o espalhamento das redes de

infraestrutura urbana e seus altos custos, assim como a diminuição dos trajetos, possibilitando a

diminuição da poluição, dos ruídos e do estresse da população em relação à perda de tempo para

deslocar-se e acessar os serviços urbanos. Diante disso, o uso do espaço subterrâneo tem se

mostrado uma estratégia importante para a renovação dessas áreas, pois permite abrigar novas

atividades, além de aliviar a superfície para habitação e novas áreas verdes e de lazer ao ar livre –

essenciais para a qualidade de vida urbana (DURMISEVIC, 1999; KALIAMPAKOS, BENARDOS,

MAVRIKOS, 2015).

Entretanto, há estudos que apresentam diversos fatores negativos com relação às experiências dos

usuários dessas áreas abaixo da superfície, como falta de orientação, de contato com a natureza,

sensação de claustrofobia e de ambiente insalubre, bem como medo de colapso da estrutura,

escuridão e falta de segurança (DURMISEVIC, SARIYILDIZ, 2001; KIM, KIM, 2010; ISOCARP, ITA,

ITACUS, 2015). A luz natural é trazida como elemento de grande potencial para amenizar alguns

desses fatores, à medida que aproxima o usuário da dinâmica do dia e do meio natural – o que

implica melhoria da sensação de conforto e de segurança nos seres humanos (DURMISEVIC,

1999). Além disso, o contato com essa fonte de luz traz uma série de benefícios para a manutenção

da saúde humana, sendo, portanto, essencial quando há usuários de longa permanência nesses

ambientes (MARTAU, 2009; BOUBEKRI, 2014; HARB, HIDALGO, MARTAU, 2015). Cabe ressaltar

que essa estratégia de iluminação fortalece o conceito de sustentabilidade ao diminuir o uso de

energia elétrica em áreas de subsolos durante o dia, corroborando seu potencial para a criação de

cidades mais eficientes energeticamente

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.

Ainda relacionado ao conceito de eficiência energética, ressalta-se que a utilização de áreas

enterradas também pode ser uma alternativa para o grande uso de condicionamento de ar nos dias

quentes em cidades brasileiras, pois essas áreas, por estarem em contato com o solo, são capazes

de manter quase que constantes as temperaturas ao longo dos dias, diminuindo a necessidade de

aparelhos de ar-condicionado, por exemplo.