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Já Pade e Guimaraes (2007), apresentam a Equação 3 como forma de estimar a quantidade de

CO

2

potencialmente capturado de forma natural ao longo de 100 anos. Nesta equação, os

pesquisadores consideram apenas o óxido de cálcio como elemento predominante para a reação

de carbonatação.

CO

2

capturado

= 0,75 * C * CaO *

(M)CO

2

/

(M)CaO

(Equação 3)

Onde:

C

é Massa de cimento em gramas por m³ de concreto; CaO é Massa de CaO presente no clínquer (%);

(M) CO

2

é Massa molar do dióxido de carbono, em gramas; (M) CaO é Massa molar do óxido de cálcio, em

gramas.

3. MÉTODO DE PESQUISA

Para a determinação dos teores de gás carbônico potencialmente capturados pelo concreto,

algumas etapas foram adotadas com base em estudos vistos na bibliografia. As etapas foram:

1ª Etapa - Verificação da resistência característica e tipo de cimento usado em estruturas de até 50

anos, com potencial para geração de agregados reciclados;

2ª Etapa - Considerar os efeitos da carbonatação no perfil de concreto estudado;

3ª Etapa - Aplicar os dados nas diferentes propostas de equações de captura de CO

2

.

4ª Etapa - Analisar os valores obtidos, verificando se há potencial de sequestro de carbono.

3.1 Parâmetros Adotados

Para a estimativa da quantidade de dióxido de carbono que possivelmente é absorvida pelo ARC,

foram adotados alguns critérios decisivos das características dos concretos analisados por este

trabalho.

A Tabela 8 apresenta os requisitos mínimos de concretos estruturais exigidos pela NBR 6118

(ABNT, 2014). A partir disso, foi adotada, neste trabalho, a Classe de Agressividade Moderada (II),

comum em grandes centros metropolitanos. Dessa forma, o concreto considerado como origem de

resíduo gerador do ARC, tem como relação água/aglomerante 0,60, classe de resistência C25 e

consumo mínimo de cimento de 280 kg/m³. Estabelecendo-se tais dados como padrão, mantêm-se

as características de dosagem do agregado a ser carbonatado, tendo seus aspectos físicos

influenciados pelo tipo de cimento adotado e adições empregadas.

Adotou-se, para o cálculo do potencial de consumo de CO

2

, dois tipos de cimento pozolânicos: CP

IV (Cimento Portland Pozolânico), por possuir maior teor de adições entre os cimentos disponíveis

no mercado da região, e CP II Z 32 (Cimento Portland Composto por Pozolana), por ser muito

empregado ao longo dos últimos anos na região Sul do Brasil.

Tabela 8

– Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto

Concreto

Classe de Agressividade

I

II

III

IV

Relação água/ aglomerante em massa

≤ 0,65

≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45

Classe do Concreto (NBR 8953)

≤ C20

≤ C25 ≤ C30 ≤ C40

Consumo de cimento por m³ de concreto [ kg/m³]

≥ 260

≥ 280

≥ 320

≥ 360

Fonte: Adaptada de NBR 6118(ABNT, 2014).

Na Tabela 3 são apresentadas as composições químicas dos dois cimentos escolhidos para análise:

CP II Z 32 e CP IV 32. A quantidade de cada óxido é necessária para os cálculos de captura de