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Figura 8
– Comparação de profundidade de carbonatação: Adição de Escória Álcali Ativada (AAS) X
Cimento Portland Comum (OPC)
Fonte: Adaptado de ASHRAF (2016)
Tabela 7 –
Efeitos da adição de Materiais Cimentícios Suplementares
Tipo de MCS
Influência na Resistência à Carbonatação
Proporção
Cinza volante
Diminuição
10 - 70%
Escória de alto-forno
Diminuição
0 - 85%
Sílica Ativa
Diminuição
0 – 20%
Aumento
5 – 10%
Fonte: Adaptado de ASHRAF (2016)
2.4 Beneficiamento do ARC por carbonatação
De acordo com Gonçalves (2001), as características físicas de um concreto, como densidade e
estabilidade dimensional, estão diretamente e mais intensamente relacionadas às propriedades
físicas de seu agregado graúdo, tais como volume, formato do grão, porosidade, distribuição
granulométrica. Por este motivo, a fase-agregado representa uma grande influência na qualidade
do concreto gerado, podendo indicar as propriedades que o concreto irá apresentar, baseando-se
no perfil de agregado utilizado.
Sabendo-se do efeito de preenchimento de poros que a carbonatação causa no concreto, essa
reação pode ser empregada como forma de diminuição da porosidade dos agregados reciclados de
concreto, diminuindo a absorção de água e mitigando os efeitos do uso de um agregado muito
poroso. A redução no volume de vazios de um concreto carbonatado pode chegar a
aproximadamente 12%, aumentando sua densidade e, assim, melhorando suas características de
permeabilidade (CUI et al., 2015). Na
Figura 9
é possível ver imagens de amostras de concreto não
carbonatadas e carbonatadas de modo artificial em diferentes teores de concentração de CO
2
por
7 dias.
Tendo isto em vista, pesquisadores têm usado métodos de carbonatação induzidos em laboratório,
a fim de acelerar este processo em ARCs que, de forma natural, pode levar anos para alcançar uma
profundidade de carbonatação significativa. Uma maneira bem-sucedida é a colocação destes
agregados em uma câmara fechada, com injeção de Dióxido de Carbono.