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Ambos os recortes se mostraram heterogêneos quanto à localização das áreas de
conforto/desconforto, havendo descontinuidade da condição de conforto nos trajetos (ver figura 5).
No COHAB-Anil, as pracinhas são os espaços coletivos mais aprazíveis, uma vez que reúnem
sombra e ventilação constantes (pontos 1 e 9); em oposição, nas vias internas (pontos 3 e 6) e nas
avenidas externas (pontos 4, 5 e 10) houve maior desconforto por excessiva radiação direta e
refletida pelas superfícies, situações nas quais nem a ventilação pôde atenuar tal sensação.
No Parque Atlântico, os únicos trechos que ofereceram possibilidade de conforto foram os
arborizados da avenida auxiliar (ponto 5) e da margem do rio Pimenta (ponto 9); os demais se
apresentaram incômodos pelas mesmas razões elencadas para o COHAB-Anil.
Figura 5.
Mapas de percepção do microclima.
Fonte: Adaptado de AEROCONSULT (2002).
5. CONCLUSÃO
Como conclusões deste trabalho, destacam-se a importância do espaço coletivo e de sua
usabilidade para a cidade e para seus habitantes, e a representatividade dos recortes eleitos em
relação ao contexto ambiental de São Luís, apresentando potencialidades e fragilidades que devem
ser administradas em favor do conforto físico visando à qualidade ambiental urbana e ao
desenvolvimento sustentável em longo prazo.