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Figura 2.
Exemplo de acervo fotográfico.
À direita, conjunto COHAB-Anil I; à esquerda, conjunto Parque Atlântico.
3.2.3 Percepção sensorial do ambiente
A partir da segunda semana de atividade de campo, buscou-se visualizar
in loco
o comportamento
dos parâmetros de conforto físico estudados, bem como seus efeitos nos espaços coletivos. É
importante frisar que, devido à ausência de recursos e instrumentos de precisão, em se tratando de
um trabalho de conclusão de curso, a apreensão dos parâmetros se deu de forma subjetiva,
relativizada em escalas de maior ou menor intensidade.
Foram selecionados dez pontos de fixação em cada recorte; os pontos devem estar localizados o
mais distante quanto for possível entre si, cobrindo a maior área territorial coletiva, e podem ser
determinados de maneira a investigar regiões que despertem maior interesse – maior ou menor
potencial de conforto, por exemplo. Foram feitos, no mínimo, dois turnos de percepção sensorial
(uma manhã e uma tarde) para cada recorte, e, em cada turno, permaneceu-se de quinze a vinte
minutos em cada um dos dez pontos. Tomou-se notas sobre a percepção subjetiva de temperatura
do ar, temperatura de superfícies, umidade do ar, ventilação e condição de
luminosidade/ofuscamento; observou-se a qualidade dos revestimentos circundantes, a presença
ou ausência de arborização e a dinâmica dos fluxos. Tais notas resultarão na compilação gráfica
para o diagnóstico (ver item 3.3).
3.2.4 Entrevistas com os usuários
Dando prosseguimento à atividade de campo, a terceira e quarta semanas de visita às áreas de
estudo foram destinadas principalmente à interação com os usuários – moradores, trabalhadores
e/ou transeuntes – encontrados, dos quais se buscou a opinião acerca dos espaços coletivos quanto
à usabilidade, e em especial quanto à percepção de conforto físico que possuem, com base nos
oito parâmetros propostos neste estudo. Em casos específicos, foi necessário estender o diálogo a
outros tópicos, tais como sensação de segurança, união da comunidade etc., com a intenção de
entender as sensações dos usuários perante os espaços coletivos em questão.
3.3 COMPILAÇÃO GRÁFICA PARA DIAGNÓSTICO
A base cartográfica de desenho urbano utilizada neste trabalho proveio de um arquivo do software
AutoCAD (AEROCONSULT, 2002). O mapa de desenho urbano foi base para a elaboração dos
demais, por meio das informações obtidas do trabalho de campo. O uso e a ocupação (gabarito) do
solo foram representados em dois mapas diferentes, com a identificação dessas características
para cada lote, e se prestaram ao entendimento da dinâmica urbana presente nos recortes.