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16.97m² / inhab. (Higher than that recommended by the Brazilian Society of Urban Afforestation),

and most of these areas have restricted access to the population, concentrated in areas of steep

topography and permanent preservation, on the shores of the Vitória Bay. If the permanent

preservation areas were disregarded this index reduces to 2.70 m² / inhab, which indicates the

scarcity of green areas distributed by the city and the respective lack of investment by the

government in these spaces. Another result was the identification of potential land in various parts

of the city that could be transformed into green spaces that are accessible to most of the population.

It is expected that this work could contribute to new researches and future interventions in the public

spaces of the city of Vila Velha / ES.

Keywords:

Green Areas, Urban Woodland, Public Spaces, Potential Spaces

1. INTRODUÇÃO

A vegetação é um componente necessário ao espaço urbano. Além da função paisagística, diversas

são as atribuições da vegetação urbana nos aspectos ambientais, econômicos e sociais,

indispensáveis ao equilíbrio ecológico e à qualidade de vida da população (LAMAS, 1993).

Givoni (1998) destaca que as áreas verdes possuem características que as diferenciam das áreas

construídas, tais como: altas taxas de evaporação, baixa condutividade térmica e baixo albedo, pois

a reflexão da radiação solar é pequena. As áreas verdes podem exercer diversas funções, desde

valores sobre as condições ambientais até potenciais recreativos e de destaque na paisagem

urbana.

Não há, entre os estudiosos, um consenso quanto às definições e usos de nomenclaturas em

relação ao conceito de áreas verdes. Lima et al. (1994, pág. 5) citam que “a prefeitura do Município

de São Paulo define Áreas Verdes como aquelas de propriedade pública ou particular, delimitadas

pela prefeitura, com o ajardinamento, visando manter a ecologia e resguardar as condições

ambientais e paisagísticas”. No entanto, como resultado da pesquisa “Problemas de utilização na

conceituação de termos como espaços livres, áreas verdes e correlatos” os mesmos autores

afirmam que área verde é “onde há o predomínio de vegetação arbórea; engloba as praças, os

jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais e trevos de vias públicas, que tem

apenas funções estética e ecológica, devem, também, conceituar-se como Área Verde” (LIMA et

al.,1994, p.10).

Vale destacar ainda que a quantidade de vegetação urbana tem sido mensurada através de

indicadores que expressam a superfície da área verde por habitantes (IAV = Índices de Áreas

Verdes) ou proporção do solo ocupado pela arborização (PAV = Porcentual de Áreas Verdes). A

Sociedade Brasileira de Arborização Urbana recomenda um mínimo de 15 m² de área verde por

habitante (SBAU, 1996). Estocolmo, por exemplo, é uma das cidades com o maior índice de áreas

verdes do mundo, com cerca 86 m² de área verde para cada habitante, além disso, 90% da

população desta cidade tem acesso a áreas verdes em um raio de 300 metros em relação a suas

residências (PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS, 2012), distância está para que a população

do entorno, em um intervalo de tempo médio de 3 a 4 minutos de percurso a pé, acesse a área com

facilidade.

Segundo Nucci (2001 apud HADER; RIBEIRO; TAVARES, 2006), outros dois índices devem ser

calculados: índice de cobertura vegetal, em que se consideram todas as manchas de vegetação,

por exemplo as copas das árvores; e o índice de áreas verdes utilizáveis, quando a área verde não

apresenta condições de uso e, após a qualificação das áreas verdes, é recalculado o índice de

áreas verdes, indicando a quantidade delas utilizáveis pela comunidade, de acordo com suas

qualificações.