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4.2 ABERTURAS PARA VENTILAÇÃO SEGUNDO A NBR 15575 E NBR 15220

Segundo a NBR 15575-4, a habitação deve apresentar aberturas nas fachadas com dimensões

adequadas para proporcionar a ventilação interna dos ambientes de permanência prolongada como

salas, cozinhas e dormitórios. Para a ZB 3 o nível mínimo de desempenho aceitável é a área de

ventilação maior que 7% da área do piso. Conforme a Tabela 2, os ambientes de permanência

prolongada atendem ao critério mínimo.

Já em relação à NBR 15220-3, para a zona bioclimática em questão são indicadas aberturas

médias, ou seja, com área de ventilação entre 15 e 25% da área de piso. Em relação à esses

critérios, a edificação não atende em nenhum dos ambientes de permanência prolongada.

Tabela 2.

Critério para desempenho de ventilação natural

Ambiente

Área de

piso (m²)

Área de janela p/

iluminação (m²)

Área de janela da

edificação p/

ventilação (= 50%

abertura) (m²)

Porcentagem do

vão de ventilação

em relação à área

de piso

Sala/Cozinha

15,8

3,54

1,77

11%

Dormitório 1

6,8

1,44

0,72

11%

Dormitório 2

7,5

1,44

0,72

10%

Em Chapecó, o tamanho das aberturas é delimitado pelo vão de iluminação e corresponde a 10%

da área de piso para ambientes de permanência. Isso significa que, em janelas de correr, cujo vão

de ventilação corresponde a 50% do vão de iluminação, o vão de ventilação seria de apenas 5% da

área do piso.

Considerando as estratégias para condicionamento passivo das edificações, principalmente no que

tange as edificações de baixa renda, entende-se que tanto o limite estabelecido pelo código de

obras quanto pela NBR 15575-4 estejam aquém dos níveis mínimos para garantia da renovação do

ar e do conforto higrotérmico, além da retirada da carga térmica da edificação. A estratégia de

ventilação deveria ser priorizada e seus vãos aumentados. Além disso, observa-se que as aberturas

da edificação estudada encontram-se nas fachadas Norte/Sul, enquanto que os ventos dominantes

do município são provenientes do Leste.

4.3 DESEMPENHO TÉRMICO SEGUNDO A NBR 15575 E NBR 15220

Os fechamentos verticais do caso em estudo são compostos por paineis pré-fabricados em concreto

e alvenaria cerâmica, denominado JetCasa. A espessura total da parede é 11 cm, sendo 1 cm de

reboco interno, 9 cm de alvenaria e 1 cm de reboco externo. O tijolo cerâmico possui dimensões de

9x19x24 cm e a argamassa de assentamento de 1 cm. Foram considerados os valores de

densidade de massa aparente, condutividade térmica e calor específico conforme a NBR 15220-2,

a resistência da câmara de ar de alta emissividade, entre 2 e 5 cm igual a 0,16m².K/W. Já para o

caso da cobertura da edificação, que é formada por telhas de fibrocimento de 6 mm e forro de PVC

de 8 mm, foi considerada uma condutividade térmica do fibrocimento de 0,65 W/m.K e do forro de

PVC 0,2 W/m.K e uma resistência da câmara de ar de 0,21 m².K/W.

4.3.1 Transmitância térmica de paredes externas e coberturas segundo a NBR 15575

A NBR 15575, partes 4 e 5 apresenta os requisitos e critérios para verificação dos níveis mínimos

de desempenho térmico de vedações verticais externas e coberturas, respectivamente. Os valores

máximos admissíveis para a transmitância térmica (U) estão apresentados nas Tabelas 3 e 4.