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oriundo do entorno, sendo o principal agente causador do NPS o trânsito intenso, que inclui ônibus

que se deslocam das escolas e universidades e caminhões, pois no entorno há uma agropecuária,

e na mesma quadra, lojas de materiais de construção.

7. CONCLUSÃO

Assim, constata-se que as principais fontes causadoras do ruído encontrado nas praças são o

trânsito do entorno, o uso de aparelhos amplificadores de som automotivos e os eventos realizados

no local, no caso da Praça da Matriz. Para atenuar essa situação são necessárias ações da

administração municipal, e da CRESOL, no caso da Praça da Fonte.

Para tanto se incentiva à implementação de algumas medidas mitigadoras, como o plantio de

vegetação de pequeno e médio porte, visto que elas funcionam como uma barreira atenuante a

propagação das ondas sonoras que vem do exterior, e sendo que nas áreas de estudos as espécies

encontradas são quase que totalmente de grande porte.

Também é necessário gerenciar os usos do Largo Vitalino Cerutti, na Praça da Matriz, buscando a

realocação de determinados eventos para espaços mais adequados, como é o caso do

Acampamento Farrapo que pode ser realizado no Parque de Exposição da cidade, entre outros,

além de controlar o uso de caixas amplificadoras de som no local. Cabe também à prefeitura criar

novas rotas para o transito dos ônibus, evitando que circulem no centro da cidade, pois além do

barulho, prejudica a mobilidade. Mas a medida mais importante e urgente é uma maior fiscalização

do uso de aparelho de som em veículos e aplicação da nova resolução, 624/2016, do Contran.

Essas medidas são capazes de proporcionar, além de ganhos na qualidade da paisagem sonora e

do ambiente, ganhos econômicos, visto que impede a desvalorização dos imóveis do entono em

virtude do ruído, como no caso do entorno da Praça da CORSAN onde os moradores estão

vendendo seus imóveis por valores mais baixos em virtude do incomodo causado pelo ruído gerado

na praça. Também havendo um NPS mais baixo não há a necessidade de investimentos em

sistemas paliativos. Com o plantio de mais espécies de vegetação nas praças e da implantação de

novas praças, melhora também a qualidade ambiental, visto que beneficia a imagem da cidade, a

qualidade do ar e do clima.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTANHEIRA, José Cláudio S.; COELHO, Joyce Ajuz. Dos sinos ao ipod: sons, espaços e

identidades nas novas estratégias das marcas. Comunicação, mídia e consumo São Paulo, ano 9,

vol. 9, n.2 5 p. 219-239, ago 2012.

FERRETTI, Ulisses. Entornos sonoros: sonoridades e ordenamentos. Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, Instituto de Artes. Porto Alegre, 2011.

LEI MUNICIPAL N° 2.827.

Disponível em:

http://www.camarafw.rs.gov.br/portal/verleismunicipais.php?cod_lei=92.

SCHAFER, R. Murray. A afinação do mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo

atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo:

Unesp, 2001.

SCHAFER, R. Murray. Voices of Tyrranny, Temples of Silence. Indiana River, Ontario, Kol 2BO:

Arcana Editions, 1993.