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pelo homem nascem e permanecem – amplificados, eletrificados – obedecendo a um ligar ou

desligar de botão. ” (CASTANHEIRA, 2012).

Em virtude da superprodução de sons, há uma dificuldade no entendimento e as informações que

recebendo são caóticas. Atingindo níveis mais críticos em grandes centros urbanos, pois cria-se

uma massa ressoante que dificulta o entendimento dos sons presentes. Como é relatado por Nelson

Aprobato Filho, que é citado por Torres (2010), “viver em São Paulo é renunciar ao silêncio, é incor-

porar-se, voluntária ou involuntariamente, a ritmos desencontrados, fragmentados por ruídos

irritantes, harmonias inusitadas e dissonâncias estonteantes”.

O que é relatado por Nelson não acontece apenas em cidade com São Paulo ou Rio de Janeiro e

sim em todos os centros urbanos, mas em maior ou menor escala. Frederico Westphalen possui,

atualmente, cerca de 30mil habitantes, mas apresenta vários casos de perturbação sonora. Em

decorrência da falta de leis municipais regulatórias, pouca fiscalização em relação às denuncias e

principalmente falta de conscientização por parte da população.

Esses casos ocorrem principalmente em espaços comerciais que funcionam até tarde da noite e

em espaços públicos de lazer. Este trabalho busca-se identificar o caráter das praças localizadas

no Bairro centro e da Praça da CORSAN na composição da paisagem sonora da cidade de

Frederico Westphalen – RS.

2. OBJETIVOS

Realizar a configuração da paisagem sonora das praças presentes no perímetro urbano da cidade

de Frederico Westphalen - RS, para determinar se é uma fonte geradora de ruídos, ou, pelo

contrário, absorvem o ruído gerado pelo entorno.

1.1 Objetivo específico

Configurar a paisagem sonora de cada praça, através da medição do NPS e da análise das fontes

sonoras presentes em cada espaço, complementando o estudo do mapa acústico do centro da

Cidade, realizado em paralelo pelo grupo de pesquisa do AUTEC do curso de Arquitetura e

Urbanismo - URI.

3. METODOLOGIA

O estudo parte do levantamento em número das praças, para posterior ser realizada a analise

morfológica e configuração dos usuários, do entorno e identificar as principais atividades

desenvolvidas no local ao longo do dia e do ano. A fase seguinte é a realização das medições dos

níveis de pressão sonora (NPS), com identificação das principais fontes de ruídos.

As medições seguem a metodologia estabelecida na NBR 10151: Acústica – Medição e avaliação

de níveis de pressão sonora em ambientes externos às edificações, de outubro de 2012. Deste

modo os pontos foram espaçados de forma simétrica, de 30 em 30m, sendo que nas esquinas os

pontos apresentam distancias equivalentes para que houvesse igualdade em todos os lados, com

o medidor a 1,20m do piso e pelo menos 2m de distância de quaisquer superfícies refletoras, como

muros, paredes, veículos e etc. As medições são realizadas em cada praça, com uma duração de

5min em cada ponto. Em cada espaço foram feitas verificações do NPS nos três turnos, manhã;

tarde e noite, com a finalidade de aferir a variação do NPS ao longo do dia.

4. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DAS PRAÇAS

Na visão de De Angelis

et.al

. (2005) citado por Viero (2009), as praças ao longo dos anos sofreram

significativas mudanças, considerando os diversos aspectos que as envolvem, como definição,

funções, usos e concepções. Entretanto, apesar das transformações impostas pelo tempo as praças