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sound landscape and how it interacts with the environment, and above all to configure the sound
landscape of the squares, and surroundings, of the Center Quarter and the CORSAN Square of the
city of Frederico Westphalen - RS. For this, the study starts with the quantitative survey of the
squares, the morphological analysis and the configuration of the users, the surroundings and
identification of the main activities developed in the place, to later carry out the measurements of the
sound pressure levels (SPL). From the study, it was verified that the Fonte Square, Matriz Square
and CORSAN Square presented a high level of noise, due to the occasional uses, which usually
include the use of sound equipment, of the surrounding traffic, mainly, because of the traffic of large
vehicles such as buses and trucks and vehicles with stereos. All these causes require actions of the
municipal administration, is managing the uses of squares, or inflicting greater control and
supervision on the use of stereos in the streets and beyond to create new routes for transit buses,
avoiding circulating in the city center.
Keywords:
Sound landscape, squares, public spaces, noise control.
1. INTRODUÇÃO
Paisagem é um conceito inerente da Geografia, que representa uma unidade de espaço, um lugar,
com suas características, formas; cores; cheiros; barulhos e movimentos, descrito assim por Torres
(2010). E ainda que as percepções que se tem sobre o lugar também são partes da paisagem, o
que é reiterado por Claval citando Roger Brunet, apud Torres (2010), que a paisagem “só é
paisagem quando percebida” (CLAVAL, 2004). Mas não deve ser limitada pelo sentido da visão,
que as percepções também devem ser obtidas através de outros sentidos. “De fato, o que está em
causa não é somente a visão, mas todos os sentidos; não somente a percepção, mas todos os
modos de relação do indivíduo com o mundo (BERQUE, 2004) ” apud Torres (2010). Deste modo,
no estudo da paisagem outros elementos ganham ênfase, como os sons.
Diferentes sons são percebidos em diferentes lugares e de maneiras distintas, em áreas rurais, que
possuem grande quantidade de plantas e animais, e que as pessoas vivem mais distantes uma das
outras, os sons e ruído são mais amenos e o que predomina são os barulhos da natureza. Já nas
áreas urbanas que as pessoas vivem mais aglomeradas, o fluxo de veículos é mais intenso, onde
barulhos da construção civil, do comércio, da interação das pessoas e de manifestações de seu
modo de vida é constante, os níveis de pressão sonora são, consequentemente, mais elevados.
Ao citar algumas características que influenciam a singularidade de uma paisagem sonora, Lópes
Barrio
apud
FERRETTI (2011), pontua que o desenho do espaço tem grande influencia na
determinação de seus usos, e estes das fontes sonoras presentes nesses lugares, estando esses
três fatores intimamente relacionados. Portanto, contexto e som são duas variáveis fortemente
relacionadas. Schafer (1993) aponta também a relação entre o contexto e a paisagem sonora de
uma sociedade, sinalizando que os materiais predominantes de uso em uma cultura condicionam a
paisagem sonora da mesma. Ele aponta a importância das atividades e materiais existentes num
ambiente como modeladores da sua paisagem sonora, podendo inferir que elas se alteram com as
mudanças da sociedade. Murray, através da analise histórica das transformações da paisagem
sonora, assinala a modificação pela ação de novidades tecnológicas e disposições legais, em
diversos momentos e lugares, sendo um exemplo disso o uso de aparelhos reprodutores de som
em qualquer lugar, costume facilmente percebido em praças, praias e até ônibus.
Na sociedade, atual, há uma multiplicidade de sons, que geram muitas informações acústicas, das
quais poucas emergem com clareza (SCHAFER, 2001). “Eles exercem um enorme poder, pois,
dependendo da circunstância, dominam o ambiente e impedem que os outros possam ser ouvidos.
Os sons naturais seguem a linha da vida: nascem, crescem e morrem. Entretanto, os sons criados