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um pavimento para casa de máquinas e reservatórios superiores. Os apartamentos são de um,
dois ou três dormitórios, com áreas de 55 m
2
a 77 m
2
(Figura 1-a).
O edifício B também segue um padrão médio-alto. A edificação constitui-se de pavimento térreo, 9
pavimentos-tipo (2º ao 10º pavimento). No 11º pavimento está a cobertura, que também contêm
apartamentos, e em seguida há um pavimento de casa de máquinas e reservatórios superiores.
Os apartamentos de dois ou três dormitórios, com áreas de 60 m
2
a 75 m
2
(Figura 1-b).
Figura 1 - Plantas-baixas das edificações estudadas
a
b
Para a obtenção dos resultados foram realizados os cálculos dos quantitativos das atividades e
insumos necessários para construir os edifícios. Para o cálculo desses quantitativos foram
utilizados memoriais descritivos, plantas-baixas e cortes. Após os cálculos preliminares, foi
possível montar a composição dos elementos construtivos da edificação, divididos em grupos, tais
como: Serviços Preliminares; Fundações; Estruturas; Fechamentos; Revestimentos de parede;
Pavimentações; Esquadrias; Pinturas, Cobertura; Louças Sanitárias e Metais; Instalações
Hidrossanitárias e Elétricas. As composições unitárias de custos adotadas seguem a TCPO (PINI,
1996), que é uma referência tradicional para orçamentos discriminados. Com base nas
composições, foram calculadas as quantidades para cada insumo presente no projeto. O estudo
considerou uma obra situada em região central do município de São Leopoldo. O posicionamento
da obra é importante para o cálculo das distâncias de transporte.
Para considerar as energias incorporadas em cada edificação, foram utilizados os dados da
Tabela 1. Alguns materiais, equipamentos, mão-de-obra e transporte não foram encontrados na
literatura, então foram estimados, utilizando catálogos de fabricantes ou analogia com materiais
similares. A energia necessária para movimentação dos equipamentos e para o transporte de
materiais e de mão de obra está incluída nos totais calculados.
Para calcular a Energia Incorporada na mão de obra, transporte e alimentação dos funcionários,
foram realizadas estimativas de tempo necessário para execução de cada item da obra, utilizando
as informações da TCPO (PINI, 1996).
Foi realizada uma estimativa para a energia incorporada na mão de obra, partindo das referências
encontradas. Guerrero; Meléndez (2015) consideraram o transporte por carro, com quatro
trabalhadores. Contudo, na região de São Leopoldo, é mais comum o deslocamento dos
funcionários por ônibus.
Como se trata de obra convencional, não é necessário contratar trabalhadores especializados, e
pode-se considerar que toda a mão de obra seria contratada no próprio município de São
Leopoldo. Ademais, em função do nível socioeconômico dos trabalhadores na construção civil, em
geral os trabalhadores residem nas regiões periféricas da cidade. Considerando as dimensões de