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Os critérios EBD (Evidence-Based Design) provenientes da literatura estudada (Baum,
Shepley, Ginberg, & Rostenberg, 2009).
A abordagem apresentada neste trabalho, tem como enquadramento a realidade portuguesa e,
portanto, considera as condições e regulamentos específicos do país, nomeadamente: i) as
prioridades definidas pelo guia do Ministério da Saúde (ACSS, 2013a); ii) a opinião dos principais
decisores do setor; iii) a regulamentação e objetivos locais, nomeadamente no que se refere aos
níveis de desempenho ambiental, energético e funcional das UPCS; iv) e a ferramenta portuguesa
desenvolvida para a avaliação de sustentabilidade dos edifícios residenciais (SBToolPT-H).
Após a primeira definição da lista de indicadores para o método de avaliação, a mesma foi
apresentada, para discussão, junto dos principais intervenientes nos domínios da construção, da
avaliação da sustentabilidade e do sector da saúde em Portugal.
Para análise dos dados apresentados neste estudo, foi utilizado o método
Analytic Hierarchy
Process
(AHP). No entanto, é possível dizer que a abordagem utilizada é o resultado de uma
combinação do AHP e da metodologia do
painel Experts
, uma vez que os pesos relativos
qualitativos foram baseados em questionários a grupos de especialistas.
O AHP é um método de análise multicritério, desenvolvido por Thomas L. Saaty em 1980. É uma
técnica matemática que permite suportar as tomadas de decisão multifacetadas. Também permite
desconstruir decisões complexas e difíceis, considerando uma série de comparações individuais,
analisando os dados recolhidos e promovendo o processo de tomada de decisão (Ali & Nsairat,
2009). Este método tem sido utilizado em vários trabalhos para analisar dados com propósitos
similares aos do presente estudo, como em (Sambasivan & Fei, 2008; Thanki, Govindan, &
Thakkar, 2016).
Recolha e tratamento de dados
A fim de se melhorar e validar a estrutura e lista de indicadores alcançada, foi realizado um
questionário composto por três partes e apresentado a três grupos constituídos por partes
interessadas neste processo.
A primeira parte do questionário destinou-se a recolher os dados pessoais relacionados com os
inquiridos (o grupo de trabalho ou de especialização a que pertencem, a área do país onde atuam,
etc.). A segunda, apresenta a estrutura proposta para o método de avaliação e solicita ao inquirido
que classifique os Indicadores, Categorias e Áreas apresentados quanto ao seu peso relativo. A
terceira e última parte, destina-se a recolher comentários e sugestões para melhorar a lista e
estrutura propostas. Utilizando esta abordagem, foi possível recolher os dados necessários para o
desenvolvimento de um sistema de ponderação e melhorar a estrutura do método de avaliação da
sustentabilidade em desenvolvimento. Cada entrevistado foi convidado a considerar todas as
tabelas apresentadas no questionário, onde foram descritos os Indicadores de cada Categoria e
as Categorias de cada Área. Em cada uma delas, era necessário definir a importância relativa de
cada Indicador ou Categoria na quantificação do desempenho do edifício a diferentes níveis.
Considerando a escala de classificação apresentada no questionário, cada tabela devia ser
avaliada independentemente. Assim, os entrevistados classificaram comparativamente, de 1 a 5, a
importância relativa de todos os Indicadores e Categorias, podendo também atribuir classificações
iguais a dois ou mais indicadores. Na Tabela 1 apresenta-se, a título de exemplo, a parte do
questionário correspondente à categoria C3 – Uso do solo e biodiversidade.