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and demolition. Furthermore, My House My Life Program (PMCMV) has implemented houses that

not always comply with national regulations on thermal standards, which can deliver more energy

consumption by artificial air conditioning. All things considered, the aim of this paper is compute

potential energy impacts of a house life cycle form PMCMV, which the project was used more than

700 times. Methodology is based on NBR ISO 14.040/44, considering renovation scenarios,

according minimal and superior performance presented by NBR 15.575. Additionally, scenarios on

electricity use were tested on operational phase. Total energetic consumption can vary from 1721

and 1065 GJ depending on tested scenarios for operational and renovation, being that, frequency

on maintenance can represent up to 68% of all embodied energy on construction materials. Result

of this study elucidate energetic consumption on buildings life cycle phases, hence it can help for

less consumption polices in whole life cycle thinking for PMCMV.

Keywords:

Life Cycle Assessment; Thermal performance; Life Cycle Energy Analysis

1. INTRODUÇÃO

O setor de edificações, considerando construção e uso, é responsável por 40% de todo o

consumo energético mundial, ou aproximadamente 30% das emissões mundiais de gases de

efeito estufa relacionadas ao uso de energia(DEAN et al., 2016). Essa importante demanda

energética o torna o setor com maior potencial para diminuições de gases de mudança climática

(UNEP, 2009), já que tem condições para diminuir seu consumo energético pela metade até 2050

(DEAN et al., 2016).

Considerando os impactos gerados pelo uso de edificações, o consumo energético é um dos

agentes mais importantes. Somente o uso de edifícios residenciais e comerciais participa com

70% de todo o consumo mundial de eletricidade (U.S.DOE, 2015). Segundo o Departamento de

energia do Estados Unidos da América, grande parcela do consumo residencial ocorre por

condicionamento ambiental dos edifícios.

No Brasil, embora as características climáticas sejam diferentes, o consumo energético com

condicionamento térmico representa 20% do consumo residencial nacional, segundo o último

levantamento de Hábitos e Consumo de Energia Elétrica (PROCEL, 2007). Ainda que este estudo

demonstre baixa presença de aparelhos de condicionamento de ar em edificações de baixa renda,

estudos mais recentes inferem a possiblidade de que, com o aumento de dias quentes pelo efeito

do aquecimento global e maior poder de compra de populações de menor renda, o uso destes

aparelhos no Brasil poderá superar o uso nos Estados Unidos da América, que é o maior

consumidor mundial de energia com condicionamento (SIVAK, 2013).

As habitações sociais no Brasil foram amplamente incentivadas pelo Programa Minha Casa Minha

Vida (PMCMV). De 2009 até 2016 foram construídas de mais de 2,3 milhões de unidades

habitacionais e, embora o programa esteja pausado, pouca atenção governamental foi dada à

participação do impacto energético dessas habitações sociais. Na medida em que o PMCMV seja

retomado, ou outros sejam criados para resolver o déficit habitacional brasileiro, é relevante que o

impacto ambiental e energético dessas edificações seja quantificado.

Neste sentido, estratégias de mensuração de eficiência em edificações, como etiquetagem

energética residencial, têm auxiliado na redução do consumo de energia em diversos países. No

Brasil, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), regulamento pelo Instituto Nacional de

Metrologia Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e pela política nacional de conservação e uso

racional de energia (Lei 10.295, 2001), lançou em 2004 a Etiqueta Nacional de Conservação de

Energia (ENCE) para edifícios. A adesão da etiqueta ainda é voluntária para o setor residencial e

comercial, mas desde 2014 é compulsória para edifícios públicos federais.