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1963

Tabela 3.

Tabela síntese

DIMENSÃO DA

SUSTENTABILIDADE

QUANTIDADE DE INDICADORES

PORCENTAGEM DE INDICADORES (%)

LEED-ND

AQUA – HQE

Bairros e Loteam.

LEED-ND

AQUA – HQE

Bairros e Loteam.

Ambiental

17

24

34,7

33,3

Social

3

10

6,1

13,9

Econômica

6

14

12,2

19,4

Institucional

4

0

8,2

0

Cultural

2

3

4,1

4,2

Urbana

17

21

34,7

29,2

Total

49

72

100

100

Fonte: as autoras, 2016.

5. CONCLUSÃO

Investigar o tratamento dado ao patrimônio cultural no universo de indicadores das certificações

LEED Neighborhood Development e AQUA – HQE Bairros e Loteamentos, com o intuito de entender

a relevância atribuída à sustentabilidade cultural das comunidades, foi o objetivo da presente

pesquisa. A análise dos resultados comprovou haver uma predominância de indicadores

sustentáveis voltados às dimensões ambiental e urbana, buscando assim, preservar a

biodiversidade, os recursos naturais, o manejo de resíduos e o atendimento ao saneamento básico,

ao mesmo tempo em que se incentiva o desenvolvimento compacto, a densificação, os

investimentos na acessibilidade e mobilidade urbana, a mescla de usos e atividades, o aumento

das áreas verdes e a produção de estímulos sensoriais positivos nos usuários. Tal preponderância

de indicadores pode estar vinculada tanto à origem do conceito da sustentabilidade, incialmente

compreendido pela necessidade de proteger os ecossistemas e os recursos não-renováveis do

planeta, como também pela propagação do pensamento de autores consagrados, que prezam pela

construção de cidades voltadas aos interesses e necessidades das pessoas. Entretanto, no que

tange à dimensão cultural, sua recente inserção na compreensão do desenvolvimento sustentável

pode justificar o modo superficial com que vem sendo abordada pelas certificações, recebendo

menores quantidades de indicadores em ambos os selos e, além disso, restritos à visão de uma

economia da cultura ao invés de uma definição antropológica de cultura. Por meio deste estudo foi

possível comprovar que os incentivos à preservação de áreas de interesse cultural ainda são pouco

valorizados, não havendo consenso quanto à incorporação de indicadores culturais nas

certificações. Isso alerta para a necessidade de avanços no que diz respeito à construção de um

conjunto de diretrizes sustentáveis para o patrimônio cultural, de modo a assegurar a preservação

dos legados a serem usufruídos pelas gerações futuras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTANHEIRA, G. S. Estratégias de intervenção para a regeneração urbana sustentável. Braga,

193 p., 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Minho.

FARR, D. Urbanismo sustentável: desenho urbano com a natureza. 1. ed. Porto Alegre: Bookman,

2013. 326 p.

FUNDAÇÃO VANZOLINI. Certificação AQUA – HQE. 2015. Disponível em:

<http://vanzolini.org.br/aqua/certificacao-aqua-hqe/

>. Acesso em: 11 nov. 2016.