1811
superficiais interna e externa, induzida pela diferença de temperatura entre dois ambientes. Sua
unidade no sistema internacional é [W/(m².K)]. A transmitância térmica é o inverso da resistência
térmica total. Por outro lado, a capacidade térmica representa a quantidade de calor necessária
para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em [(kJ/m².K)]. A capacidade térmica de
componentes formados por camadas homogêneas perpendiculares ao fluxo de calor é obtida pela
multiplicação da espessura com a densidade e calor específico de cada material componente.
5. CONCLUSÃO
Com base no que foi identificado durante a revisão bibliográfica da literatura, foi desenvolvido o
método aplicado neste estudo para realizar de forma eficaz a exportação de um modelo BIM
desenvolvido no Revit para o software de simulação energética EnergyPlus. A partir dos resultados
obtidos, é possível concluir que o processo de exportação, conforme realizado, foi parcialmente
satisfatório.
Os dois arquivos exportados apresentaram uma geometria correta, sem erros e distorções
aparentes, reconhecendo as coordenas de todas as superfícies, componentes de janelas, portas e
elementos de sombreamento, não sendo necessário ajuste adicional da geometria para a
simulação. Este resultado por si só já pode ser considerado como um avanço, uma vez que a grande
parte dos pesquisadores normalmente identifica pequenas divergências nesta etapa. As seis zonas
térmicas também foram reconhecidas como desejado. Os materiais componentes do modelo
tiveram as propriedades de resistência térmica corretamente identificadas. Porém, ficaram listados
como materiais sem massa no software, o que causou alterações significativas nos resultados. O
ideal seria que estes materiais fossem identificados como complexos, com todas as propriedades
detalhadas. Os
schedules
também tiveram informações faltantes, assim como a localização.
De forma geral, as informações inexistentes ou incorretas necessitam de processos simples de
correção e modificação, que não demandam grande quantidade de tempo do usuário, como seria
caso a geometria do modelo estivesse incorreta. Desta forma, o processo escolhido para exportação
do modelo BIM para o software de simulação energética mostrou um grande potencial prático, capaz
de aprimorar o fluxo de trabalho nesta área, necessitando apenas de pequenos ajustes de
interoperabilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANĐELKOVIĆ, A. S.; MUJAN, I.; DAKIĆ, S. Experimental validation of a EnergyPlus model:
Application of a multi-storey naturally ventilated double skin façade. Energy and Buildings, v. 118, p.
27–36, 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1: Edificações Habitacionais
Desempenho Parte 1 : Requisitos gerais Prefácio. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2013.
BARBOSA, S. A.; TIBÚRCIO, T. M. DE S.; CARLO, J. C.; GUIMARÃES, Í. B. B. Método de utilização
do programa Energyplus para verificação de desempenho térmico de ambientes com fachadas
duplas. Ambiente Construído, v. 13, n. 4, p. 121–134, 2013.
BATISTA, J. O.; LAMBERTS, R.; GÜTHS, S. Influências dos algoritmos de condução e convecção
sobre os resultados de simulações do comportamento térmico de edificações. Ambiente Construído,
v. 11, n. 4, p. 79–97, 2011.