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1789

A edificação do século XVI (Palácio Anchieta) apresentou uma relação de materiais com limitações,

em decorrência da restrição à utilização de matéria-prima acessível na época. Após a análise dos

mesmos pelo ISMAS, os resultados demonstraram que quase todos os materiais analisados

obtiveram índices de sustentabilidade altos. Ainda, foram avaliados os materiais que foram inseridos

à edificação ao longo do tempo. Os materiais utilizados, quase integralmente, pontuaram no critério

que avalia a procedência das matérias-primas, sendo estas de fontes renováveis ou abundantes.

Ainda, a grande maioria também pontuou no critério referente a possibilidade de reaproveitamento

do material. A Tabela 5 apresenta os materiais listados por segmento de uso, estando indicados os

índices de sustentabilidade e as classificações alcançadas, como também a época da inserção do

material à construção.

Tabela 5.

Índice de sustentabilidade dos materiais do Palácio Anchieta

Local

Material

Índice de

Sustentabilidade

Classificação

Estrutura

Pedra*

0,40

Alto

Argamassa de cal*

0,05

Médio

Madeira*

0,45

Alto

Concreto²

0,05

Médio

Aço²

0,35

Alto

Vedação

Pedra*

0,40

Alto

Tijolo cerâmico maciço*

0,30

Alto

Argamassa de cal*

0,05

Médio

Bloco de concreto³

0,05

Médio

Argamassa de cimento³

0,05

Médio

Esquadria

Madeira*

0,45

Alto

Vidro¹

0,25

Alto

Ferro Fundido²

0,45

Alto

Revestimento

(Piso)

Granito³

0,45

Alto

Mármore²

0,45

Alto

Madeira*

0,45

Alto

Ladrilho hidráulico²

0,55

Alto

Cobertura

Telha cerâmica*

0,60

Alto

* Séc. XVI e XVII

¹ Início do séc. XX

² Década de 1930

³ Final séc. XX / Início do séc. XXI

Destaca-se que os únicos materiais a obterem índice de classificação médio, além da argamassa

de cal utilizada no séc. XVI e XVII, foram os materiais inseridos à edificação em uma obra de

reforma, já no século XXI. Assim, nota-se que materiais usados antes mesmo do conceito da

sustentabilidade ser estabelecido, apresentaram um bom desempenho em relação aos impactos

gerados, às matérias-primas usadas e à geração de resíduos. Outro aspecto a ser analisado é a

procedência das matérias-primas. Apesar de não ser levado em consideração para análise até a

atual etapa de desenvolvimento da ferramenta ISMAS, é um fator notável a ser destacado, já que

as matérias-primas utilizadas foram praticamente todas locais, ressaltando ainda mais a