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techniques. Some numerical simulations involving low-rise building models are carried out and the

results obtained with the present program are compared to experimental predictions obtained from

wind tunnel analyses.

Keywords:

Computational Wind Engineering; Natural Ventilation; Numerical Simulation; Finite

Element Method.

1. INTRODUÇÃO

Em regiões de clima quente são necessários mecanismos, naturais ou artificiais, para obtenção

conforto térmico no interior das edificações. Dentre os mecanismos artificiais, os equipamentos de

refrigeração tornaram-se bastante populares nas últimas décadas. Contudo, tais aparelhos se

comportam como vilões no consumo de energia elétrica nos centros urbanos. Estima-se que o

consumo dos sistemas de refrigeração e ar-condicionado é aproximadamente 15% da eletricidade

utilizada em todo o mundo. Existem também outros problemas associados ao uso destes sistemas,

como o caso dos problemas ambientais, decorrentes das emissões dos gases de refrigeração

usados nas instalações de ar condicionado, que afetam de forma significativa a camada de ozônio

e contribuem para o aquecimento global (GHIAUS; ALLARD, 2004).

Para evitar-se os problemas citados, o uso da ventilação natural é uma ótima solução. A Norma

NBR 15220 (ABNT, 2005), que apresenta o Zoneamento Bioclimático Brasileiro, indica a ventilação

natural como estratégia de condicionamento térmico passivo em 7 das 8 zonas nas quais o país foi

subdividido. As recomendações para a ventilação natural, de acordo com as zonas, variam entre

ventilação permanente (durante todo o ano ou no verão) e ventilação seletiva (nos períodos

quentes, quando a temperatura exterior for menor que a interior).

É válido lembrar que a importância da ventilação natural se dá também por razões de salubridade

dos ambientes e de seus ocupantes, pois permite uma renovação contínua do ar interno de um

recinto. Bower (1995) destaca que a ventilação garante aos usuários um ar confortável e saudável,

além de poder ser utilizada para diluir os poluentes.

A ventilação natural de uma edificação pode ser estimada por diferentes ferramentas de predição.

Dentre as mais recorrentes na bibliografia, destacam-se cinco ferramentas, são elas: os modelos

algébricos, os modelos empíricos, as medições in loco, experimentos em escala reduzida e as

simulações em CFD. Os modelos algébricos possuem grande embasamento teórico do fenômeno

físico, porém tendem a apresentar grau de incerteza elevado, principalmente em casos mais

complexos. Os modelos empíricos são adaptações dos modelos algébricos, onde se realizam

experimentos, medições ou simulações a fim de melhor a precisão dos modelos, porém o método

torna-se bastante limitado. As medições in loco são bastante precisas, já que trabalham em situação

real, entretanto apresentam custo elevado e não permitem a manipulação das condições de

escoamento. Já os experimentos em escala reduzida permitem a manipulação de das condições

de escoamento, contudo ainda apresentam o problema de custo. Por fim, a Dinâmica dos Fluidos

Computacional (CFD do inglês

Computational Fluid Dynamics

) permite realizar simulações

numericamente, de forma a ter total controle sobre as condições de escoamento e possibilidade de

simulações complexas, tudo isso com custo reduzido (ARAÚJO; CUNHA, 2010).

Bournet e Boulard (2010) comentam que com o recente desenvolvimento da CFD há a possibilidade

de estudar-se os efeitos de ventilação sob variadas configurações geométricas e climáticas.

Atualmente esta abordagem é amplamente conhecida e aplicada em diversos campos da

engenharia, pois a disposição de poderosos computadores proporciona praticidade e precisão nas

simulações numéricas. Portanto a CFD mostra-se uma ferramenta bastante eficiente para o estudo

da aerodinâmica e ventilação natural de edificações.