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1. INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

A Construção Civil é um setor de extrema importância mundial, sendo no Brasil um dos ramos de

maior impacto financeiro e ambiental. Em 2011, a construção civil representava 8,4% dos

empregados no Brasil, e em 2014 era responsável por 6,5% do PIB nacional. Apesar de

vivenciarmos uma crise atualmente, o ramo da construção civil possui grande papel empregatício

no Brasil, e é um setor responsável por uma grande quantidade de consumo de materiais,

emissão de gases, uso de energia e água, e insumos (JÚNIOR, 2015).

De acordo com a

Green Building Council

Brasil (FUJIHARA, 2012):

50% a 70% dos resíduos gerados são oriundos da construção civil;

15% a 50% dos recursos naturais extraídos são utilizados pela construção civil;

15% a 25% da madeira extraída é utilizada na construção civil, sendo que no Brasil a maior

parte é ilegal;

No Brasil são consumidos 220 milhões de toneladas por ano de agregados naturais na

produção de concretos e argamassas;

42% do uso de eletricidade é destinado à construção civil; e

21% do uso de água é destinado à construção civil.

De uma maneira geral, práticas sustentáveis tornam-se rotineiras quando são associadas à

economia perceptível. Encontram-se no mercado atualmente, materiais de construção certificados

por respeitarem processos de extração e manipulação que respeitam premissas ambientais,

assim como é possível utilizar-se de práticas alternativas para suprimento de uso de eletricidade e

minimização do consumo de água em edificações (VIEIRA; VIEIRA, 2012).

Construir de forma sustentável torna-se uma excelente alternativa para redução de desperdícios e

impactos ambientais, proporcionando uma diminuição do uso de água e eletricidade, fortalecendo

empresas preocupadas em produzir materiais em equilíbrio com o meio ambiente, estimulando

uma reciclagem no ramo de mão de obra com aprimoramento de práticas que visam uma

ideologia de reduzir, reciclar e reutilizar materiais, e acima de tudo, zelar por um produto final que

proporcione conforto e economia à longo prazo aos usuários finais das edificações (VIEIRA;

VIEIRA, 2012).

Diante da importância da sustentabilidade na construção civil, destaca-se os selos de construção

sustentável que são contemplados por certificadoras de visibilidade internacional que buscam uma

mudança de conceitos e práticas, afim de implementar práticas sustentáveis no setor da

construção civil.

Construir de forma sustentável representa um acréscimo em torno de 8% a 10% do valor inicial da

obra quando visa-se uma certificação, valor este, que a longo prazo é recuperável com diminuição

de gastos com energia e água, por exemplo, além de proporcionar conforto nas edificações. De

acordo com um estudo da

Green Brands Global Survey

em 2009, 73% dos brasileiros planejam

aumentar seus gastos com produtos e serviços sustentáveis, sendo que 28% deles, planejam um

gasto de até 30% a mais do valor da obra com produtos e serviços sustentáveis.

O Campus Alto Paraopeba (CAP), é um campus fora de sede da Universidade Federal de São

João del-Rei. Localizado na cidade de Ouro Branco (MG – Brasil), abriga-se cinco cursos de

graduação em engenharias e cursos de pós graduação em áreas comuns e de aplicabilidade à

engenharia. A sustentabilidade faz parte das diretrizes do campus e do anseio da comunidade

acadêmica, o que torna interessante ao mesmo a verificação das possibilidades de uma

certificação para sua edificação e envoltória.