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Figura 5.

Resultado por fase da ACVCO

2

A fase de manutenção teve a maior contribuição na ACVCO

2

pela reposição anual do substrato,

que já possui elevado fator de CO

2

incorporado e elevada quantidade reposta. Ao mesmo tempo

em que o TVM se apresenta como uma alternativa mais favorável dentro dos tipos de telhado

verde apresentados, os dois sistemas analisados são tecnologias que reduzem bastante o

consumo energético na fase operacional.

Por ser um sistema com baixo valor de transmitância térmica (menor que 1), surgiu a necessidade

de comparação com um sistema convencional de cobertura (cobertura em telha cerâmica com

forro em laje mista) muito utilizado em habitações de interesse social no Brasil, que possui

transmitância maior que o dobro do telhado verde. Portanto, a mesma habitação arbitrária, com a

cobertura convencional e a mesma vedação vertical, consome quase seis vezes mais energia que

o telhado verde (modular ou vernacular), simulação feita no mesmo

software Design Builder

.

6. CONCLUSÃO

O telhado verde modular (TVM) se mostrou como uma alternativa mais vantajosa em todas as

fases do ciclo de vida analisadas na pesquisa. O Telhado verde vernacular (TVV) requer o

acréscimo da manta geotêxtil e da argila expandida para filtro e drenagem, respectivamente. Além

disso, na sua manutenção, na necessidade de troca de uma camada, todas as outras sobrepostas

deverão ser trocadas também, resultando em uma dificuldade de manuseio e aumento do

consumo de recursos. A etapa operacional não mostrou diferença entre os dois sistemas

analisados, possivelmente pela proximidade dos valores da transmitância térmica.

A etapa de manutenção representou 82% do total de kgCO

2-eq

emitido pelo sistema, nos dois tipos

analisados. A diferença do TVM e do TVV foi de 114,72 kgCO

2-eq

. Observa-se que, além da

facilidade que os módulos proporcionam no TVM, seu potencial de aquecimento global é menor

que no TVV.

As pesquisas futuras podem englobar outras estratégias utilizadas para o aumento da eficiência

energética na fase de uso, desde que não comprometam o aumento de emissões de gases

poluentes nas outras etapas. Além disso, outras categorias de impacto podem ser também

analisadas, como depleção abiótica e toxicidade humana.