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ciclo de vida, dada a importância dos impactos decorrentes do uso dos recursos naturais
(materiais, energia e água) e das emissões geradas nas várias fases do ciclo de vida. Uma
ferramenta difundida na literatura científica para quantificar as entradas e saídas de diversas
categorias de impacto é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Segundo Atmaca; Atmaca (2015), a
Avaliação do Ciclo de Vida de Emissões de CO
2
(ACVCO
2
) é um recorte da ACV e é usada para
avaliar as emissões de CO
2
como uma saída ao longo de todo o ciclo de vida de um edifício. A
abordagem considera todas as emissões de carbono equivalente produzidas por um edifício em
diferentes fases do seu ciclo de vida. A quantificação das emissões de CO
2-eq
é importante para
avaliar o potencial de aquecimento global do sistema em questão.
2. OBJETIVO
Avaliar as emissões de CO
2
de diferentes tipos de Telhado Verde nas fases do seu ciclo de vida,
que foram: pré-uso (considerando extração e processamento de matérias-primas) e uso (operação
e manutenção). Os tipos de telhado verde avaliados foram o Modular e o Vernacular.
3. TELHADO VERDE (TV)
Telhado verde ou cobertura vegetal, jardim suspenso, terraço-jardim, teto verde, cobertura verde,
green roof
é um tipo de cobertura que, segundo Peri et al. (2012), possui um substrato (solo ou
meio de cultura) com vegetação. É composto por camadas sobrepostas, conforme mostrado na
Figura 1.
Figura 1.
Camadas constituintes de um telhado verde
Adaptado de Tolderlund, 2010.
Na literatura científica, observa-se que o alto consumo energético e emissões de gases poluentes
provocados pelo cimento e aço já estão consolidados. Dessa forma, a escolha da madeira no
suporte estrutural foi em busca de estratégias mais ambientalmente favoráveis, já que o telhado
verde é um sistema construtivo que pode permitir variações e aplicação sobre diversas superfícies
e estruturas (Tavares et al., 2014). A estrutura de madeira é composta por vigas em madeira