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materials, operation (with the simulation by the software Design Builder) and maintenance. With

one exception of the operational phase, the methodology of the other phases was a Hybrid

Analysis. Thus, the comparison concluded which of the systems had the lowest global warming

potential. In addition to facilitating maintenance, the Modular Green Roof system features a lower

percentage of CO

2-eq

emissions compared to the Vernacular Green Roof system.

Keywords:

Green Roof; LCCO

2

A; Sustainable; Global Warming potential

1. INTRODUÇÃO

A responsabilidade dos países em reduzir os impactos ambientais é crescente e essa busca se

estende desde o setor acadêmico até o produtivo. A COP-21 (Conferência do clima da ONU),

realizada em Paris em dezembro de 2015, foi um marco mundial de discussão e propostas para

reduzir as emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global. Ainda neste âmbito, foi

realizada em 2016 a COP-22 em Marrakesh, que estabelece como será a implementação das

obrigações assumidas em Paris.

Mesmo antes desses encontros, o Brasil já havia se comprometido em reduzir entre 36,1% e

38,9% das emissões de GEE até 2020, por meio do compromisso nacional voluntário de adoção

de ações de mitigação com vistas a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE)

(BRASIL, 2013). Todos os setores devem estar incluídos nestas propostas, inclusive aqueles

referentes à indústria da construção civil. Os GEE são a soma de todos os gases com potencial de

aquecimento global (metano, óxido nitroso, hidrofluorocarbonos, etc.) convertidos em CO

2

,

definidos como CO

2

equivalente (CO

2-eq

).

A indústria da construção civil, como um todo, consome de 30 a 40% da energia mundial e é

responsável por cerca de 40% do consumo total de energia primária na União Europeia

(CONTARINI; MEIJER, 2015; COMA et al., 2016). Isso se deve ao fato da maior parte da energia

gerada no mundo ser proveniente de combustíveis fósseis que contribuem para uma grande

quantidade de gases poluentes, especialmente o CO

2

(PAULSEN; SPOSTO, 2013). Além disso, a

contribuição da produção de Ferro-Gusa e Aço somada com a produção de cimento totalizam

73% do total de todas as emissões de GEE do setor industrial (BRASIL, 2013).

Neste contexto justifica-se a busca de edificações mais energeticamente eficientes, já que a

indústria da construção civil é um agente eficaz para alcançar a redução do consumo energético e

de emissões de CO

2

(COMA et al., 2016). Para tal, diversas tecnologias, inovadoras ou não, vêm

ganhando considerável espaço na realidade da construção.

De acordo com Savi (2015), o telhado verde é uma das tecnologias que têm sido empregadas

para auxiliar a mitigação dos problemas de consumo energético elevado nas edificações e a

recorrência de inundações nos centros urbanos. Lira et al. (2016) concluíram que o telhado verde

apresenta menos da metade do total de CO

2

quando comparado com o telhado convencional,

constituído por laje de concreto armado e telha cerâmica. As normas ASTM E2396 até E2400 e

ASTM E2788 tratam de telhado verde, sendo mais restritas à drenagem e à vegetação. Apesar

disso, seu processo construtivo recebe muita interferência cultural, já que é uma prática milenar. É

comum encontrar no histórico das construções com telhado verde a sobreposição das suas

camadas constituintes, formando o tipo vernacular. Porém, para facilidade de manutenção e uma

execução racionalizada, o telhado verde modular, composto por módulos que estão dispostos no

telhado, vem ganhando grande aceitação no mercado. Esse método torna o projeto e a instalação

mais simplificados com os módulos praticamente autossuficientes (LUCKETT, 2009).

Como o telhado verde é considerado popularmente uma prática sustentável, se torna necessário

avaliar o seu real potencial em relação à sustentabilidade ambiental, considerando todo o seu