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Figura 03
– a) Composteira seca / b) Minhocário / c) Composteira Elétrica
Fontes:
ecycle.com.br(acesso em 22/11/2014) /
trasix.com.br(acesso em 26/11/2016)
Por fim apresenta-se o modelo de composteira elétrica (c), que funciona sem manivela nem
minhocas, e pode receber resíduos orgânicos de origem vegetal e animal (inclusive ossos, espinhas
de peixe e restos de carne). Seu processo não demanda manutenção como os outros dois, sendo
apenas necessário usar água, serragem e energia elétrica. A partir da ligação na tomada, o
composto é gerado em 24 horas (este modelo de composteira não gera o biochorume). Apesar das
vantagens em relação aos outros modelos apresentados, este ainda não está disponível no
mercado em larga escala e custa cerca de 20 vezes mais que os 2 primeiros.
É grande a resistência em utilizar a compostagem nas residências, sobretudo por se tratar de
manuseio de lixo orgânico, e todo o conjunto de crenças em possíveis riscos à saúde, e
condicionamentos de ordem psicológica e cultural que este tipo de resíduo envolve. Mas, conforme
explica Monteiro (2001, p.125), este suposto risco não é real, se forem tomadas as devidas
precauções:
"Existem também presentes no lixo micro-organismos patogênicos, como salmonelas
e estreptococos. Esses micro-organismos são eliminados pelo calor gerado no próprio processo
biológico, porque não sobrevivem a temperaturas acima de 55ºC por mais de 24 horas."
c) Reciclagem de Óleo usado no preparo de alimentos
– O descarte deste material em ralos
pode obstruir as caixas de gordura e tubulações, além de onerar e tornar mais complexo o
tratamento do esgoto doméstico. Estima-se que 1 litro de óleo pode poluir 20.000 litros de água
potável (SABESP, 2007).
Alguns condomínios do Rio de Janeiro vêm adotando a prática de coletar o óleo de cozinha usado
no preparo de alimentos e ceder a empresas especializadas, que o recolhem e encaminham para
a fabricação de sabão e tintas - entre outras destinações. Acumula-se o óleo usado em garrafas
PET ou bombonas plásticas próprias para este fim (figura 04), até que a empresa venha recolher,
ou o condomínio faça o transporte até ela.
A área de acumulação do óleo usado no condomínio deve ter acesso restrito, ventilação contínua e
estar longe de fontes de calor e fogo, já que o material é inflamável. É ideal manter uma rotina de
vistoria do local por um funcionário responsável.
Existe também a opção de instalação de um oleoduto, que consiste num tubo de queda vertical para
escoamento do óleo aos recipientes de acumulação e armazenamento até a coleta. Em geral tais
recipientes são tambores com capacidade para 50 litros de óleo, disponibilizados pela própria
empresa coletora, e ficam localizados no compartimento de acumulação de resíduos da edificação
(em geral no térreo ou subsolo). De baixa manutenção, este sistema pode ser de diversas formas,
a saber: