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stretches of urbanized seafront, sand strip near the sea, potential empty lands, and residual spaces
associated to the urban mesh were identified. It was observed a low distribution of open spaces for
social practices among the neighborhoods in the regional studied. Only 34% of the resident
population has, within a radius of 300 meters, access to the squares. Regard to the potential spaces,
strategic areas were identified with the mapping, and they are located in areas with scarcity of public
spaces. These areas could be destined to social practices, thus balancing the distribution, use, and
access of spaces for social interaction practices. It is expected
that this work
could contribute to
future interventions in the public spaces of Vila Velha city, especially in the Regional 01, aiming to
improve the urban quality of the city.
Keywords:
public spaces; Social practices; Urban quality.
1. INTRODUÇÃO
Estudos sobre a qualidade de vida da população residente nas cidades vêm assumindo proporções
significativas. As relações entre o ambiente construído e o ambiente natural, os espaços de
circulação, espaços de permanência agradáveis ao ar livre e as áreas verdes da cidade são
fundamentais para alcançar uma boa qualidade de vida.
O processo de urbanização gera pressões no uso e na ocupação do solo das cidades, impondo a
substituição de áreas naturais por centros construídos. As mudanças estruturais, sofridas pelas
cidades, devido a uma urbanização desordenada, geram problemas ambientais que,
consequentemente, afetam a qualidade de vida e a saúde da população.
Neste cenário, com a modificação de ambientes naturais a partir do adensamento dos edifícios, da
concentração de indústrias, da abertura de vias, da impermeabilização do solo, da redução das
áreas verdes, dentre outras ações impactantes do uso do solo urbano; o conforto ambiental nas
cidades é modificado, alterando o microclima local e a qualidade do ar, gerando poluição sonora,
aumento de temperaturas e de consumo energético.
É importante ressaltar que todas as pessoas têm o direito de usufruir dos espaços da cidade de
forma igualitária e saudável. Para que isso aconteça de forma plena, é preciso que a cidade seja
viva. A cidade viva, segundo Gehl (2014), é aquela que convida as pessoas a caminhar, pedalar,
ou permanecer nos espaços livres que ela oferece. A presença de pessoas circulando pela cidade
a torna mais agradável e segura. A cidade viva é ainda, para Gehl (2014), aquela que dá ênfase e
prioridade ao pedestre com a finalidade de se alcançar um espaço com mais vitalidade.
Alex (2011, p.126) ressalta “que o convívio social no espaço público está intimamente relacionado
às oportunidades de acesso e uso”. O autor entende que estes são espaços da sociabilidade e do
exercício da convivência, e, portanto, devem ser vistos como um conjunto indissociável das formas
assumidas pelas práticas sociais.
Sendo assim, os espaços públicos devem permitir a integração social e serem convidativos para
todo tipo de necessidade humana. Tais espaços favorecem a integração, o desenvolvimento de
atividades sociais e a vitalidade urbana, além de muitos deles serem considerados “pulmões”,
auxiliando na oxigenação e renovação do ar. Quando bem equipados, arborizados, seguros,
acessíveis e com boa geometria, consequentemente, são bem frequentados e contribuem para a
qualidade ambiental urbana. A condição microclimática destes espaços também constitui um
elemento determinante para sua qualificação, podendo interferir na quantidade e na forma de uso.
Os espaços públicos podem assumir diversas formas e tamanhos, abrangendo lugares designados
ao uso cotidiano. A palavra “público” indica que esses espaços são abertos e acessíveis a todas as
pessoas (ALEX, 2011). Os espaços livres de uso público, além de servirem como espaços de
atividades recreativas e de lazer, também garantem uma importante arena para grandes encontros,
manifestações e protestos políticos (GEHL, 2014). Geralmente essas áreas estão localizadas em