Table of Contents Table of Contents
Previous Page  730 / 2158 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 730 / 2158 Next Page
Page Background

730

stretches of urbanized seafront, sand strip near the sea, potential empty lands, and residual spaces

associated to the urban mesh were identified. It was observed a low distribution of open spaces for

social practices among the neighborhoods in the regional studied. Only 34% of the resident

population has, within a radius of 300 meters, access to the squares. Regard to the potential spaces,

strategic areas were identified with the mapping, and they are located in areas with scarcity of public

spaces. These areas could be destined to social practices, thus balancing the distribution, use, and

access of spaces for social interaction practices. It is expected

that this work

could contribute to

future interventions in the public spaces of Vila Velha city, especially in the Regional 01, aiming to

improve the urban quality of the city.

Keywords:

public spaces; Social practices; Urban quality.

1. INTRODUÇÃO

Estudos sobre a qualidade de vida da população residente nas cidades vêm assumindo proporções

significativas. As relações entre o ambiente construído e o ambiente natural, os espaços de

circulação, espaços de permanência agradáveis ao ar livre e as áreas verdes da cidade são

fundamentais para alcançar uma boa qualidade de vida.

O processo de urbanização gera pressões no uso e na ocupação do solo das cidades, impondo a

substituição de áreas naturais por centros construídos. As mudanças estruturais, sofridas pelas

cidades, devido a uma urbanização desordenada, geram problemas ambientais que,

consequentemente, afetam a qualidade de vida e a saúde da população.

Neste cenário, com a modificação de ambientes naturais a partir do adensamento dos edifícios, da

concentração de indústrias, da abertura de vias, da impermeabilização do solo, da redução das

áreas verdes, dentre outras ações impactantes do uso do solo urbano; o conforto ambiental nas

cidades é modificado, alterando o microclima local e a qualidade do ar, gerando poluição sonora,

aumento de temperaturas e de consumo energético.

É importante ressaltar que todas as pessoas têm o direito de usufruir dos espaços da cidade de

forma igualitária e saudável. Para que isso aconteça de forma plena, é preciso que a cidade seja

viva. A cidade viva, segundo Gehl (2014), é aquela que convida as pessoas a caminhar, pedalar,

ou permanecer nos espaços livres que ela oferece. A presença de pessoas circulando pela cidade

a torna mais agradável e segura. A cidade viva é ainda, para Gehl (2014), aquela que dá ênfase e

prioridade ao pedestre com a finalidade de se alcançar um espaço com mais vitalidade.

Alex (2011, p.126) ressalta “que o convívio social no espaço público está intimamente relacionado

às oportunidades de acesso e uso”. O autor entende que estes são espaços da sociabilidade e do

exercício da convivência, e, portanto, devem ser vistos como um conjunto indissociável das formas

assumidas pelas práticas sociais.

Sendo assim, os espaços públicos devem permitir a integração social e serem convidativos para

todo tipo de necessidade humana. Tais espaços favorecem a integração, o desenvolvimento de

atividades sociais e a vitalidade urbana, além de muitos deles serem considerados “pulmões”,

auxiliando na oxigenação e renovação do ar. Quando bem equipados, arborizados, seguros,

acessíveis e com boa geometria, consequentemente, são bem frequentados e contribuem para a

qualidade ambiental urbana. A condição microclimática destes espaços também constitui um

elemento determinante para sua qualificação, podendo interferir na quantidade e na forma de uso.

Os espaços públicos podem assumir diversas formas e tamanhos, abrangendo lugares designados

ao uso cotidiano. A palavra “público” indica que esses espaços são abertos e acessíveis a todas as

pessoas (ALEX, 2011). Os espaços livres de uso público, além de servirem como espaços de

atividades recreativas e de lazer, também garantem uma importante arena para grandes encontros,

manifestações e protestos políticos (GEHL, 2014). Geralmente essas áreas estão localizadas em