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the Serra da Mantiqueira, state of São Paulo, will assess its biodiversity, taking as its method of

analysis its economic, psychological and intrinsic value characterized by the user.The ten

hydrographic basins that make up its territory will be used as a basis for interpretation of the

landscape, taking into account the form of human occupation and its impacts on other species

(Trombulak et al. 2004). The application of the instrument will help to understand the management

practices necessary for degraded areas, through ecological and biocultural restoration techniques

(Janzen 1988), essential to the maintenance and expansion of environmental services provided by

natural landscapes. The results obtained will serve as guidelines for sustainable urban planning and

will contribute to ameliorating the crisis of natural resources, providing for actions of conservation of

the natural landscape based on interpretation of the landscape and assessment of biodiversity. The

local governmental institution may implement public policies necessary for the protection of

biodiversity, offering quality of life to the residents and collaborating with the preservation

Keywords:

Biodiversity, Landscape interpretation, Environmental services, Urban sustainability

1. INTRODUÇÃO

O rápido crescimento da população e a crescente demanda por recursos naturais acarretam a

transformação da paisagem natural. Entretanto, o sistema produtivo e econômico nas cidades

depende das áreas naturais e de sua biodiversidade, provedora dos serviços ambientais como

manutenção de recursos hídricos, clima, áreas de recreação, qualidade do ar, entre outros.

O primeiro censo demográfico brasileiro realizado em 1872 revelou uma população de 10 milhões

de habitantes, atingindo em 1900 o número de 17,4 milhões (IBGE, 2010). No século XX a

população do Brasil quintuplicou, sendo que em 2016 alcançou o número de 206 milhões de

pessoas.

No mesmo período, a população mundial somou 1,6 bilhão de pessoas em 1900 e quase

quadruplicou durante o século XX, apresentando o número de 6 bilhões no ano 2000 e

ultrapassando 7 bilhões em 2016.

Como resultado desta expansão populacional e consequente aumento do consumo e utilização de

espaços para habitação, indústria e agricultura, mais de 46 % das paisagens originais do planeta,

representado por diversos biomas como as florestas tropicais, as savanas e as florestas

temperadas, foram em grande parte convertidas em espaços agrícolas e urbanos (MITTERMEIER,

1988).

A área total dedicada ao uso humano para habitação, agricultura, reflorestamento e mineração

ampliou-se dramaticamente, concomitante ao aumento da produção de bens e serviços

intensificando tanto o uso como o controle dos territórios (Richards, 1990 apud Dale

et al.

, 2000),

afetando sobremaneira a estrutura e a dinâmica de funcionamento dos ecossistemas.

Ainda assim, um planejamento territorial que considere a importância de outras espécies além do

ser humano prossegue controverso, no entanto, a proteção e conservação de áreas naturais é

essencial para a sobrevivência humana, dado o provimento de serviços ambientais produzidos

pelas mesmas.

Os serviços ambientais como inerentes ao sistema produtivo e econômico nas cidades e sua

dependência das áreas naturais e da sua biodiversidade, foram discutidos pela Organização das

Nações Unidas, ONU, em seu programa Avaliação Ecossistêmica do Milênio, que os classificou da

seguinte maneira: