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solutions ("Open Letter"), making them aware of the importance of participation in the processes of

decision making and the need for their involvement in individual and collective actions of local

sustainability.

Keywords:

Empowerment; Sustainability education; Stakeholders; Participation.

1. INTRODUÇÃO

A sustentabilidade desafia estruturas, perspectivas e práticas predominantes na sociedade, pois

sua implantação depende da cooperação entre diferentes setores, da formação de conexões, da

abertura de fronteiras institucionais, da promoção do pensamento reflexivo, favorecendo assim o

estabelecimento de comunidades sustentáveis. Desta forma, a Educação para a Sustentabilidade

não é mais uma disciplina a ser adicionada aos currículos, mas sim um ponto inicial para novas

perspectivas de reflexão, aprendizagem, vivências e participação (MOORE, 2005; TILBURY, 2011;

O’BRIEN et al., 2013; DAVISON et al., 2014; TILBURY, 2014).

A transição para comportamentos e ações sustentáveis demanda um planejamento de amplo

espectro de tempo, assim, a adoção da Educação para a Sustentabilidade como um processo

dentro da comunidade pode facilitar a disseminação de boas práticas, repercutindo em

transformações comportamentais e culturais (SACHS, 1993).

No entanto, o maior desafio é sensibilizar os atores sociais (

stakeholders

) a se fazerem presentes

e participativos nestas iniciativas, atuando, discutindo, debatendo, questionando e interagindo. Pois,

caso não haja este engajamento, a metodologia de aprendizagem participativa não surte efeito e,

assim, os atores sociais não se tornam multiplicadores das boas práticas, pois, para isso é

necessário sentir-se parte do processo (empoderamento) (ZANIN, 2013).

Como Shor, Freire (1987) afirmam, apesar do empoderamento não ser o suficiente para a mudança

da sociedade como um todo, ele é imprescindível para a transformação social, uma vez que, quando

um grupo sente-se empoderado, através de suas experiências e da construção de sua cultura, tende

a reivindicar poder que permitirá transformar os padrões de dominação da sociedade.

2. OBJETIVO

O objetivo deste artigo é apresentar os resultados de uma pesquisa baseada na promoção da

interação da universidade com a comunidade, através da capacitação em Educação para a

Sustentabilidade, visando difundir a importância do “empoderamento” do cidadão para a

transformação da sociedade na qual estão inseridos.

3. MÉTODO DE PESQUISA

3.1. Área de Estudo

O estudo foi desenvolvido no Estado do Rio Grande do Sul (RS), localizado na porção meridional

do Brasil, fazendo divisa com o Uruguai e a Argentina, em sua parte sul e oeste; com o Oceano

Atlântico na parte leste e, com o Estado de Santa Catarina ao norte (SEPLAG, 2014). Por sua

diversidade, o Estado foi dividido em regiões funcionais de planejamento. Esta pesquisa está

direcionada às cidades polo de Porto Alegre, Passo Fundo e Santa Maria, as quais representam,

respectivamente, as regiões de planejamento 1, 8 e 9 (FIGURA 1), sendo polos regionais e, estando

entre as maiores populações do Estado. Além disso, são sede de três Universidades integrantes do

projeto “Pré-Requisitos para a Sustentabilidade dos Municípios do Rio Grande do Sul/Brasil”, sendo

elas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de Passo Fundo (UPF) e

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), respectivamente.