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environment is necessary. In this context, this research aims to establishing the criteria that the
hospital building must meet, based on the precepts of sustainability, through a comparative
analysis between the Brazilian regulations for EAS, RDC n ° 50, and the environmental
certifications directed to the area of health, LEED, BREEAM and AQUA, being carried out during
the process an evaluation of the contemplated criteria and analysis of the obtained data. The
analysis of the results revealed that RDC n ° 50 is the system that presents the lowest score of the
contemplated criteria, probably because the Brazilian standard does not emphasize the
environmental aspects of the built space. The LEED for
Healthcare
and BREEAM for
Healthcare
certifications were balanced and AQUA certification was the most embracing system, among those
analyzed. It is understood that this analysis can serve as a basis for the development of future
research and projects in the area of health, assisting designers and technical staff, in addition to
enabling the revision and adaptation of standards. The hospital program, because it is one of the
more complex, often limits program, flow, process, and normative constraints, as opposed to facing
these challenges as an opportunity for a balanced relationship between the built environment and
The precepts of sustainability.
Keywords:
Hospital Architecture, Sustainability, RDC n ° 50, Environmental Certification.
1. INTRODUÇÃO
As construções hospitalares são consideradas as edificações mais adequadas para a aplicação
de preceitos de sustentabilidade, já que são grandes consumidoras de energia, de recursos
ambientais e geradoras de resíduos, em razão da sua dimensão, complexidade de instalações, e
principalmente, por seu consumo ininterrupto, além de suas múltiplas atividades, com
características bem diversas: como industrial, hoteleira, laboratório e comércio (CARVALHO,
2006). Entretanto, inexiste, até o momento, um consenso sobre quais requisitos os edifícios
hospitalares devem atender para serem considerados mais sustentáveis.
Desta forma, entende-se que a definição de critérios para o projeto do Estabelecimento
Assistencial de Saúde (EAS) que busque uma interação mais eficiente entre edifício e ambiente
faz-se necessária. Destaca-se ainda a necessidade de ampliação dos debates sobre a revisão
das principais normas, com a inserção de novos critérios, que determinarão uma evolução da
qualidade nos serviços de saúde.
1.1 Normativas Brasileiras para os projetos de saúde
As normas relacionadas à infraestrutura física dos EAS têm o objetivo de obter a racionalização
do uso dos espaços e a uniformidade de informações quanto à viabilidade técnica dos projetos
arquitetônicos das edificações de saúde, em busca da melhoria da qualidade dos serviços.
A RDC ANVISA n° 50/2002 é a principal norma brasileira para os projetos da área da saúde,
elaborada pelo Ministério da Saúde, e que sugere uma metodologia para elaboração de projetos
de EAS, através da definição das atribuições, atividades, programa funcional, dimensões mínimas
e critérios de conforto.
Esse regulamento técnico foi o resultado de longos debates e consultas públicas durante quatro
anos e apresenta regras flexíveis em comparação à norma anterior, permitindo uma maior
liberdade aos projetistas e evitando a adoção de modelos arquitetônicos preestabelecidos. Porém,
com o decorrer dos anos e os avanços tecnológicos, necessita de revisão em alguns aspectos,
como as atuais diretrizes da atenção à saúde, acolhimento do paciente, humanização dos
ambientes, inclusões tecnológicas e evidências científicas, assim como as questões de