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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A metodologia empregada nesse trabalho demonstrou a possibilidade de obtenção de dados de

energia e carbono incorporados a partir da criação de parâmetros compartilhados e tabelas dentro

de um software BIM.

Após a análise feita pelo programa e a soma dos valores de energia e carbono incorporados em

cada um dos modelos construtivos, chegou-se aos resultados apresentados na Tabela 5.

Tabela 5.

EE

TOTAL

e emissão de CO

2

Modelo 1

Modelo 2

Modelo 3

EE

TOTAL

(MJ)

CO

2

(kg)

EE

TOTAL

(MJ)

CO

2

(kg)

EE

TOTAL

(MJ)

CO

2

(kg)

Piso

50462,44

3684,7

50468,38

3685,18

50815,73

3709,48

Paredes

157663,35

11615,21

180536,92

13189,01

141165,48

13595,52

Pilares

9056,26

661,11

-

-

-

-

Vigas

29165,91

2129,11

-

-

-

-

Portas

10413,94

500,7

10413,94

500,7

10413,94

500,7

Janelas

9428,98

454,57

9428,98

454,57

9428,98

454,57

Forro

4724,35

227,16

4724,35

227,16

4724,35

238,4

Telhado

92693,49

7261,14

92693,49

7261,14

92693,49

7261,14

Total

363608,72

26533,7

348266,06

25317,76

309241,97

25759,81

Os cálculos demostraram que a edificação em painéis pré-fabricados de concreto armado possui

o menor valor de energia incorporada em relação aos outros dois sistemas, apresentando

309241,97 MJ ou 309,42 GJ de energia incorporada, que dividido pela área total da edificação

corresponde a 7,58 Gj/m².

Ao comparar o valor obtido com a pesquisa de Dixit et al. (2010), que compila os dados de energia

incorporada de vários autores, constata-se que o valor se encontra próximo à média (5,4GJ/m²) e

desvio padrão calculado (1,56 GJ/m²). Segundo os autores, a grande variabilidade de valores é

consequente de diferentes abordagens quanto aos conceitos de energia incorporada, às

disparidades entre os países de análise, bem como as composições e materiais considerados na

análise.

Quanto ao índice de carbono incorporado, a edificação modelada em blocos de concreto

apresentou o menor valor equivalente a 25317,76 kg ou 25,4 t, que dividido pela área total

corresponde a 620,68 kg/m². Esse resultado demonstra um resultado coerente e próximo à

pesquisa brasileira de Marcos (2009), que analisou o valor de emissão de CO

2

para uma

construção em alvenaria convencional e encontrou o valor igual 562Kg/m².

5. CONCLUSÃO

Este trabalho apresenta a integração entre o método de Analise de Ciclo de Vida com o BIM para

a estimação de valores de energia e carbono incorporados de diferentes modelos construtivos

para uma mesma edificação. Os resultados obtidos identificaram que, dentre os métodos

construtivos avaliados, os painéis pré-fabricados de concreto apresentam o menor valor para

energia incorporada e a alvenaria de concreto estrutural emite menor quantidade de carbono

incorporado.

Os resultados obtidos nessa pesquisa são satisfatórios visto que o método demostrou que o uso

conjunto do BIM e ACV nas fases preliminares de um projeto auxilia nas tomadas de decisão

principalmente nas escolhas dos materiais e tecnologias construtivas. O uso do BIM facilitou a

extração e inserção de dados mais precisos, legitimando que essa metodologia/processo promove