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Ao mesmo tempo que o BIM pode auxiliar na modelagem e extração de informações e
quantitativos, os resultados da ACV podem colaborar para tomadas de decisão nas fases de
projeto visto que permite uma visualização precoce dos impactos ambientais consequentes das
decisões construtivas (BASBAGILL et al., 2012; ANTON; DIAZ, 2014).
Dentre as pesquisas sobre a integração entre ACV e BIM, é importante destacar o trabalho de
Bernstein (2005) que introduz o conceito de Green-BIM com uma abordagem sobre o projeto
sustentável, e o estudo de Penttil, Peter e Elger (2008), que demonstra, através de um estudo de
caso, a possibilidade de uso do BIM para estimativas de custo e avaliação ambiental. Anton e
Dìaz analisam as duas metodologias (BIM e ACV), identificam como cada ferramenta deve ser
utilizada em cada fase de projeto e destacam as vantagens de integração entre ambas. Wang;
Shen; Barryman (2011) e Basbagill et al
.
, (2012) analisaram o consumo de energia e as emissões
de CO
2
na fase operacional de um prédio universitário avaliando os resultados para diferentes
configurações projetuais a partir da integração do BIM com software Ecotect e concluíram que o
desempenho do edifício é afetado por parâmetros de projeto. Quanto aos pesquisadores
brasileiros, Tavares (2006) em sua tese de doutorado analisa a base de dados internacional e
através de um estudo de caso, adapta os dados à realidade brasileira. A integração desses dados
com o BIM é estudada por Marcos (2009) que avalia as emissões de CO
2
incorporado de uma
edificação simulada em dois sistemas construtivos a fim de identificar qual método apresentava
menor valor de emissão. Araújo, Tavares (2016) também utilizam os dados de Tavares (2006) em
um estudo de caso experimental que apresenta uma metodologia para cálculo de energia
incorporada na fase pré-operacional de uma edificação.
Destaca-se que a maior parte dos estudos de integração de ACV e BIM abordam uma fase do
ciclo de vida, ou um indicador específico, avaliando ou CO
2
ou energia incorporada, sendo
necessárias pesquisas que ampliem a avaliação para todas as fases do ciclo de vida e mensurem
o carbono e a energia incorporados a partir da integração entre as metodologias.
2. OBJETIVO
Este trabalho objetiva mensurar as quantidades de emissão de carbono incorporado e de
consumo energia incorporada durante a fase pré-operacional de uma edificação, a partir da
modelagem computacional de tal edificação na plataforma BIM de três diferentes métodos
construtivos.
3. MÉTODO DE PESQUISA
Seguindo o critério de fases da ACV definidos pela ISO 14040 (definição de escopo e objetivo;
Inventário; de Avaliação de Impacto e Interpretação), definiu-se no escopo de trabalho a fase pré-
operacional de, a unidade funcional como uma edificação residencial unifamiliar de interesse
social. O projeto arquitetônico modelo foi baseado em projetos de habitação de interesse social da
COHAB MG, sendo uma residência unifamiliar um pavimento, com 40,79 m
2
composta por: 2
quartos, 1 banheiro, sala e cozinha, como mostra a Figura 1. O projeto foi obtido no site do órgão
(COHAB, Acesso em 12 de setembro de 2016). Destaca-se que as fases operacionais e pós-
operacionais não foram consideradas para o cálculo.
O software BIM Autodesk© Revit®
9
foi usado para a modelagem da edificação e extração de
quantitativos. A fim de identificar as diferenças entre impactos ambientais dentre processos
construtivos, três modelos foram escolhidos: sistema estrutural em concreto armado com
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Software de modelagem BIM da empresa Autodesk (AUTODESK, Acesso em 10 de outubro de 2016)