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baseadas em arquivos climáticos, como
Useful Daylight Iluminances
e
Daylight Autonomy
(DIVA,
2016).
O
Daylight Autonomy
(DA) é identificado como a porcentagem de horas ocupadas por ano em que
as iluminâncias no plano de trabalho atingem um valor predeterminado de iluminância, somente
de iluminação natural (REINHART et al., 2006). Outra variável de análise é o
Useful Daylight
Iluminances,
que simula a porcentagem de horas de um ano que a iluminância no plano de
trabalho está entre 100 e 2.000 lux, faixa de iluminação considerada de conforto visual, sendo os
valores acima de 2.000 lux e abaixo de 100 lux considerados zonas de desconforto. No intervalo
entre 100lux e 500lux, os níveis podem necessitar de complementação da iluminação artificial,
entre 500lux a 2.000lux, são considerados adequado ou pelo menos toleráveis (MARDALJEVIC;
NABIL, 2005).
2. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA
2.1 Objetivo
Avaliar a iluminação natural disponível no protótipo Casa Popular Eficiente, construído na UFSM,
através de variáveis dinâmicas de iluminação natural,
Useful Daylight Iluminances
(UDI) e
Daylight
Autonomy
(DA).
2.2 Justificativa
Além do avanço nos estudos de procedimentos eficientes para o aproveitamento de uma
iluminação que é produzida naturalmente pelo sol, não tem custo financeiro, nem consumo
energético poluente ou geração de resíduos, este trabalho aplica uma metodologia de avaliação
espacial anual de condições de iluminação natural, que traz agilidade na identificação de pontos
de deficiência no que se refere ao desempenho lumínico de uma determinada edificação. Esta
metodologia pode ser aplicada tanto em avaliações de edificações já existentes, como em projetos
de arquitetura ao longo de sua concepção.
3. MÉTODO DE PESQUISA
3.1 Levantamento e modelagem do protótipo
Realizou-se o levantamento físico da edificação avaliada com a conferência das dimensões reais
in sito
. Em seguida, deu-se início a modelagem tridimensional através do
software
AutoCad®
2013
, com a definição dos
layers
por tipos de materiais, servindo como arquivo base para uma
posterior exportação ao
software Rhinoceros
. Antes de iniciar os procedimentos de simulações no
Rhinoceros
, precisou-se obter os níveis de refletâncias de todos os tipos de superfícies da
edificação em estudo. Usou-se pelo Método do Papel Branco para a coletas destes dados.