Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1642 / 2158 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1642 / 2158 Next Page
Page Background

1642

Conclui-se, através do estudo efetuado, que o avanço nas tecnologias e sistemas construtivos,

incluindo os materiais para a construção civil, ainda não contribuem, ou melhor, não comtemplam

de maneira abrangente o conceito, a atual proposta, para a construção sustentável. Embora as

emissões específicas estejam diminuindo, a produção tem aumentado e deverá crescer ainda mais

nos próximos anos. Deve-se considerar, inclusive, a elevação na energia incorporada no processo

de produção e transporte dos materiais analisados em épocas distintas. A magnitude do impacto

de cada material depende muito das condições locais, das diferenças existentes entre processos

de fabricação efetuados por diferentes fabricantes, das possíveis alterações na obtenção de fontes

de energia (que estão em processo de adaptação em muitas fábricas em busca da redução do

consumo, ou seja, adaptações e/ou reestruturações das fontes energéticas empregadas no

processo), dentre outros.

Nesse contexto torna-se imperioso a adoção de estratégias junto aos fabricantes no sentido de

reavaliação do processo de produção dos materiais de construção buscando a otimização do

consumo de energia, bem como a aquisição de matéria prima.

5.

CONCLUSÃO

Após a realização do levantamento dos materiais empregados nas edificações da Faculdade de

Engenharia da UFJF e da verificação da EI e de CO

2

embutido em seus processos de fabricação

com base nos dados fornecidos por diversos pesquisadores; o presente estudo realizou uma análise

comparativa do impacto ambiental causado pelas edificações, buscando avaliar qual, entre os dois

padrões de acabamento empregados, se adequam ao atual conceito de construção sustentável.

O controle da quantidade de CO

2

emitido durante a produção dos materiais e no processo de

geração da energia usada no processo produtivo de cada material, não é usualmente avaliado no

Brasil, o que dificulta o controle dos impactos ambientais gerados.

O conceito de

materiais eco-eficientes

, iniciado na década de 1990, se assentou em conceitos da

continuidade de um modelo industrial insustentável. Entretanto, esses materiais se destacam pela

redução do impacto ambiental, considerando todo o ciclo de vida, e desconsiderando, muitas vezes,

a variável “transporte e seus impactos”, mas o emprego desse procedimento pressupõe que um

conjunto de procedimentos ambientais está consoante com o produto.

Neste contexto, constata-se a necessidade de alterações nas técnicas produtivas dos materiais a

serem empregados na indústria da construção civil. Deve-se considerar, inclusive, que a quantidade

de CO

emitido e o processo de geração da energia usada no processo produtivo de cada material

não é usualmente avaliado no Brasil, o que dificulta parte da análise a ser realizada.

Dentro deste contexto, fortalece-se a necessidade de otimizar o consumo de energia na fabricação

e na aquisição das matérias primas empregadas no setor da construção civil. O Ministério do Meio

Ambiente já destaca a importância da escolha dos materiais de construção sugerindo o emprego

de materiais disponíveis no local, pouco processados, não tóxicos, potencialmente recicláveis,

culturalmente aceitos e propícios para a autoconstrução. Com relação à energia, recomenda-se o

uso de energias alternativas (por exemplo, eólica, fotovoltaica), com possibilidade de se injetar o

excedente na rede pública.