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Conclui-se, através do estudo efetuado, que o avanço nas tecnologias e sistemas construtivos,
incluindo os materiais para a construção civil, ainda não contribuem, ou melhor, não comtemplam
de maneira abrangente o conceito, a atual proposta, para a construção sustentável. Embora as
emissões específicas estejam diminuindo, a produção tem aumentado e deverá crescer ainda mais
nos próximos anos. Deve-se considerar, inclusive, a elevação na energia incorporada no processo
de produção e transporte dos materiais analisados em épocas distintas. A magnitude do impacto
de cada material depende muito das condições locais, das diferenças existentes entre processos
de fabricação efetuados por diferentes fabricantes, das possíveis alterações na obtenção de fontes
de energia (que estão em processo de adaptação em muitas fábricas em busca da redução do
consumo, ou seja, adaptações e/ou reestruturações das fontes energéticas empregadas no
processo), dentre outros.
Nesse contexto torna-se imperioso a adoção de estratégias junto aos fabricantes no sentido de
reavaliação do processo de produção dos materiais de construção buscando a otimização do
consumo de energia, bem como a aquisição de matéria prima.
5.
CONCLUSÃO
Após a realização do levantamento dos materiais empregados nas edificações da Faculdade de
Engenharia da UFJF e da verificação da EI e de CO
2
embutido em seus processos de fabricação
com base nos dados fornecidos por diversos pesquisadores; o presente estudo realizou uma análise
comparativa do impacto ambiental causado pelas edificações, buscando avaliar qual, entre os dois
padrões de acabamento empregados, se adequam ao atual conceito de construção sustentável.
O controle da quantidade de CO
2
emitido durante a produção dos materiais e no processo de
geração da energia usada no processo produtivo de cada material, não é usualmente avaliado no
Brasil, o que dificulta o controle dos impactos ambientais gerados.
O conceito de
materiais eco-eficientes
, iniciado na década de 1990, se assentou em conceitos da
continuidade de um modelo industrial insustentável. Entretanto, esses materiais se destacam pela
redução do impacto ambiental, considerando todo o ciclo de vida, e desconsiderando, muitas vezes,
a variável “transporte e seus impactos”, mas o emprego desse procedimento pressupõe que um
conjunto de procedimentos ambientais está consoante com o produto.
Neste contexto, constata-se a necessidade de alterações nas técnicas produtivas dos materiais a
serem empregados na indústria da construção civil. Deve-se considerar, inclusive, que a quantidade
de CO
₂
emitido e o processo de geração da energia usada no processo produtivo de cada material
não é usualmente avaliado no Brasil, o que dificulta parte da análise a ser realizada.
Dentro deste contexto, fortalece-se a necessidade de otimizar o consumo de energia na fabricação
e na aquisição das matérias primas empregadas no setor da construção civil. O Ministério do Meio
Ambiente já destaca a importância da escolha dos materiais de construção sugerindo o emprego
de materiais disponíveis no local, pouco processados, não tóxicos, potencialmente recicláveis,
culturalmente aceitos e propícios para a autoconstrução. Com relação à energia, recomenda-se o
uso de energias alternativas (por exemplo, eólica, fotovoltaica), com possibilidade de se injetar o
excedente na rede pública.