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1. 1. INTRODUÇÃO
O antigo modelo de desenvolvimento econômico fez uso dos recursos naturais do planeta de forma
indiscriminada durante centenas de anos baseado na produtividade, avanço tecnológico e geração
de capital. Atualmente, diante da possibilidade de esgotamento de algumas fontes de recursos
naturais, fez-se necessária uma reestruturação dessa dinâmica de exploração a fim de garantir as
demandas para as futuras gerações; essa nova estrutura de desenvolvimento econômico recebeu
o nome de
desenvolvimento sustentável.
(Rosa, 2010; Torgal,e Jalali, 2010; Vahan, e John, 2011).
A realização da transição para o novo modelo de desenvolvimento econômico tem sido um dos
maiores desafios enfrentados pela sociedade, uma vez que esse novo padrão abrange vários níveis
de organização, considerando desde a necessidade de reorganização na estrutura de uma
vizinhança local até a mudança dos hábitos de todo o planeta. Nesse contexto, a construção civil,
grande geradora de impactos ambientais, sociais e econômicos, vem se reestruturando através, por
exemplo, da discussão de técnicas que minimizem os seus impactos, seja por meio do
reaproveitamento dos materiais comumente descartados em obras de construção e demolição ou
pela escolha de novas técnicas construtivas. (Spadotto et al. 2011; Barbosa e Almeida, 2016)
A
Análise do Ciclo de Vida (ACV)
é uma das ferramentas adotadas na construção civil, e se baseia,
resumidamente, numa análise quantitativa da energia incorporada e da quantidade de CO
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emitida
no processo de produção de determinado material, sendo, portanto, um instrumento que contribui
na seleção de materiais mais sustentáveis. (Vahan, e John, 2011; Barbosa e Almeida, 2016)
Considerando o contexto no qual se encontra o setor da construção civil e considerando os
incentivos realizados pelo Governo Federal através do programa de ampliação do acesso ao ensino
superior, REUNI; o objetivo principal deste trabalho consiste na análise comparativa das obras
realizadas no campus da UFJF, mais especificamente na Faculdade de Engenharia, durante esse
período de ampliação com as construídas na década de 1960. Este trabalho contribui com a
comunidade no sentido de proporcionar diretrizes que possibilitem adequações nas edificações em
prol do desenvolvimento sustentável.
2. 2. FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF
A Universidade Federal de Juiz de Fora, criada em 1960, reúne, atualmente, 16 unidades
acadêmicas, que oferecem 50 cursos de graduação presenciais, 07 à distância; 33 residências; 40
mestrados e 21 doutorados (vide croqui esquemático na figura 1).
A qualidade da graduação da UFJF-
campus Juiz de Fora
, reconhecida nacionalmente, tem sido
atestada de forma indiscutível pelos processos de avaliação implementados pelo MEC nos últimos
anos. A Faculdade de Engenharia, objeto desse estudo, oferece os cursos de Engenharia Civil
, Engenharia Computacional , Engenharia Elétrica, Engenharia de Produçã o, Engenharia Mecânica , Engenharia Sanitária e Ambiental.A expansão do
campus
é resultado do Plano Nacional de
Educação, estabelecido em 2001 pelo governo federal (MEC, 2012).
Na FE UFJF ocorreu uma grande expansão, com a construção de um novo prédio (vide Figura 2 –
Edifício Engenheiro Itamar Franco) a fim de possibilitar alocação de novos cursos e o expressivo
aumento do número de discentes, docentes e técnicos administrativos. Essa nova edificação,
composta de 3 pavimentos, bem como a construída na década de 1960 são os objetos de estudo
deste trabalho, que objetiva correlacionar os materiais de construção empregados na obra pública,
antes da consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável, com os atuais materiais, bem