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As aberturas possuem dimensões de 1,20m x 1,00m x 1,10m (L x A x P), formadas por esquadrias
em alumínio com uma folha em veneziana vazante e outra folha em vidro incolor de 3mm, com
sistema de abertura de correr em duas folhas, permitindo a abertura de 50% da área da janela para
ventilação natural, não possuindo quaisquer elemento de proteção solar, configuradas para
permanecerem abertas, apenas no período em que há ocupação do ambiente pelos usuários.
Para a configuração da iluminação, foi adotado o padrão mínimo fornecido pelo
software
,
ponderando apenas a emissão de calor para o ambiente, e não o conforto luminoso ou o consumo
de energia elétrica, estando a iluminação restrita apenas aos períodos em que há ocupação do
ambiente.
3.1.3 Metodologia de Avaliação do Desempenho
Para a avaliação do desempenho térmico dos ambientes, foi adotado o método de avaliação
proposto por Nico-Rodrigues (2015), que determina o vínculo entre a Frequência de Desconforto
Térmico – FDT, com os Graus-horas de desconforto térmico – GhDT.
A FDT equivale ao percentual de tempo em hora inteira em que a temperatura operativa encontrou-
se acima do valor máximo da temperatura de conforto, quantificando as horas em desconforto em
unidade de porcentagem, durante determinado período de tempo. Já o GhDT, corresponde ao
somatório da diferença entre a temperatura operativa horária e a temperatura máxima de conforto
térmico, quando a temperatura operativa assume valores acima da temperatura de conforto.
Para a análise dos indicadores FDT e GhDT utilizou-se o diagrama de flutuabilidade, que relaciona
os dados em um gráfico de dispersão dividido em quatro zonas distintas, considerando a avaliação
da frequência nos níveis temporário e frequente; e a condição de intensidade para os graus-horas
nos níveis leve e intenso (Figura 2).
Figura 2.
Diagrama de flutuabilidade dos indicadores FDT e GhDT
Fonte: Nico-Rodrigues (2015).
As simulações ocorreram para 21 dias no período do verão, considerando os dias válidos para a
análise segundo um modelo normal fundamentado em probabilidade e inferência estatística. As
temperaturas operativas limites, para a análise do conforto térmico de cada mês do período do
verão, foram resultantes de uma simulação inicial do sítio, onde foram obtidos os valores médios
mensais de temperatura do ar externo (Tabela 2), correlacionados com o modelo de conforto
adaptativo da ASHRAE 55, para posteriormente definir o quanto de desconforto térmico ocorreu em
cada ambiente no período analisado. Os intervalos de temperatura de conforto foram definidos