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507. REAPROVEITAMENTO DACONCHADE MARISCO COMOAGREGADOS
EMARGAMASSAS E CONCRETOS NÃO ESTRUTURAIS
1
MOTA, João Manoel de Freitas
(joaomota@recife.ifpe.edu.br);
2
FAUSTINO,
Ronaldo
(ronaldofaustino@recife.ifpe.edu.br);
3
MORAES, Yuri Barros Lima
(yurimoreaes@recife.ifpe.edu.br);
4
COSTA e SILVA, Ângelo Just
(angelo@unicap.br);
5
SANTOS,
André Miranda
(dedester@gmail.com).
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Brasil.
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Brasil.
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Brasil.
4
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Brasil.
5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Brasil.
*
Autor correspondente
RESUMO
Ao longo dos anos os agentes envolvidos na indústria construção civil vêm procurando meios de
reduzir os impactos ambientais envolvidos na sua atividades, tanto pela elevada geração de
resíduos como pelo uso de materiais naturais e finitos. Por outro lado, existem diversos materiais
empregados em outras indústrias que, após o seu uso inicial, acabam sendo descartados de forma
irregular e aleatória. Exemplo disso vem da maricultura da espécie anomalocardia brasiliana, que
são as conchas originadas da separação de ostras (molusco) vendidas em todo o litoral do país. O
seu descarte, via de regra, é efetuado sem qualquer tipo de controle, o que gera enorme transtorno
para os vendedores e moradores das localidades. Assim, o presente trabalho tem como objetivo a
reutilização desse resíduo como agregado (miúdo e graúdo) em compósitos como argamassas
(contrapiso) e concretos, por substituição parcial ou total. Foram realizadas análises de
propriedades utilizando na mistura a casca do marisco nas formas, a saber: (i) como agregado
miúdo (triturando), substituindo a areia em argamassas para contra piso; (ii) como agregado graúdo
(forma natural), substituindo a brita em concreto não estrutural, além das amostras de referência,
sem substituição. Foram moldados corpos de prova cilíndricos de (5x10)cm, para argamassas, e
de (10x20)cm, para os concretos, todos no Laboratório de Materiais de Construção do IFPE -
Campos Recife. Foram avaliadas propriedades mecânicas (resistência à compressão, tração por
compressão diametral, módulo de elasticidade dinâmico), e também relacionadas com durabilidade
(ensaios acelerados aos 28 dias e 90 dias de absorção por imersão total e capilaridade). Os
resultados obtidos apresentaram níveis aceitáveis desse resíduo em substituição aos agregados
naturais, compatíveis com a literatura existente, indicando potencial de uso desses compostos para
algumas finalidades.
Palavras-chave:
concreto, argamassa, resíduos, concha de mariscos.