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descartável. No ano de 1963 o designer Peter Murdoch produziu um primeiro móvel empregando o

papelão, uma cadeira para criança em papel laminado revestido com polietileno e impresso com

manchas o qual referendava a arte pop. Era uma peça de papel de baixo custo, de boa duração,

que era vendida em supermercados e lojas de departamentos para serem montadas em casa de

maneira simples dobrando ao longo de linhas pré vincadas. Apesar do sucesso desta e de uma

outra serie lançada em 1967, com uma venda acima de 70.000 peças, dos prêmios recebidos e do

potencial de produção em massa ela nunca foi completamente realizada como produção em série,

uma ideia associada ao movimento da arte pop projetados para o descarte, cujos exemplos que

sobreviveram a este período são bastante pequenos.

Esta cadeira, denominada

Spooty Chair

, (Figura 5), foi, inicialmente concebido para crianças pelo

fato de ser um material leve para transportar e não dependia de grande estrutura.

Figura 5.

A cadeira infantil Spooty Chair, Peter Murdoch, 1963

Fonte: FIELL; FIEL (2001) e

http://rafa-kids.blogspot.com.br/2012/08/flux-and-spotty-chair.html.

A popularidade de papelão iniciada na década de 60 com a cadeira Murdoch, teve em Frank Gehry

que ao final da década desta década realizou os primeiros experimentos empregando o papelão

corrugado no design de móveis. Em 1969, o arquiteto criou as poltronas

Easy Edges

, feitas em

papelão ondulado através da colagem de volumes pré-determinados do material. Ribeiro (2000)

afirma que o arquiteto Frank Gehry começou a utilizar o papelão ondulado, no final da década de

60, como matéria-prima para elaboração de móveis e em 1972 lançou industrialmente a linha de

móveis, também chamada

Easy Edges

, produzidas pela fábrica de móveis Vitra, (Figura 06),

exploraram as características estruturais e estéticas do material, os quais chamava a atenção por

suas formas curvas e pelo material utilizado.

Figura 6.

móveis em papelão ondulado desenhados por Frank Gehry. (a)

Wiggly Chair

da linha

Easy Edges

e (b)

Stripe Beaver armchair

da linha

Experimental Edges

(a)

(b)

Fonte: Vitra (2016).

Conforme Ribeiro (2000), explorando um produto comum, produzido industrialmente, Gehry obteve

móveis leves, robustos e macios. O grande sucesso alcançado por essas peças, vendidas a preço

baixo, fez com que Gehry desativasse a produção apenas três meses depois do lançamento. Ele

temia que a dedicação ao desenho de móveis viesse a comprometer sua carreira como arquiteto.

Cerca de quinze anos depois, Gehry voltou a desenhar móveis de papelão. A linha

Experimental

Edges

foi concebida mais tarde, para explorar novas qualidades do papelão e sua força expressiva.