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Quando se realiza a comparação das resistências à compressão, para uma mesma relação
água/aglomerante (Figura 3), percebe-se que a resistência é aumentada para uma maior
substituição de pó de rolagem de ágata por agregado de calcário. Para as argamassas com relação
água/aglomerante de 0,70, por exemplo, a que possui teor de substituição de 45% de PRA quando
comparada à argamassa referência (calcário miúdo com 0% PRA) teve um acréscimo de 36% na
resistência à compressão.
O incremento da resistência nas argamassas com a utilização do pó de rolagem de ágata deve-se
provavelmente ao efeito físico, ocasionado por ele, o qual pode ter proporcionado uma
tamponamento dos poros e ter servido de complemento da granulometria. Segundo Dal Molin
(2011), o aumento da quantidade de fíler em matrizes cimentícias é capaz de ativar a hidratação do
cimento atuando como pontos de nucleação, provocando a precipitação de produtos hidratados, e
deste modo, acelerando o incremento de resistência, tornando a pasta de cimento mais densa e
homogênea a partir do refinamento do diâmetro e melhor distribuição dos poros.
4.2 Resistência à tração por compressão diametral
Na Figura 17 avalia-se a influência da relação água/aglomerante na resistência à tração por
compressão diametral das argamassas. Nota-se que para todos os teores de substituição houve
uma redução na propriedade avaliada com o aumento da quantidade de água, fato já esperado.
Figura 17.
Influência da relação água/aglomerante na resistência à tração por compressão diametral em
argamassas com diferentes teores de substituição
Na Figura 18 quando se analisa determinadas relações água/aglomerante, observa-se um
acréscimo na resistência à tração por compressão diametral conforme o aumento da substituição
por PRA. Sendo que o maior incremento quando comparado o teor máximo de substituição com o
teor zero de substituição ocorreu para as argamassas de relação água/aglomerante 0,70, tendo
sido verificado um acréscimo de 30,57% na resistência para 45% de substituição de PRA.