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ter origem em um enorme gama de causas, em função da complexidade dos vários subsistemas

envolvidos inerentes aos processos construtivos.

A deficiência em mão de obra qualificada para execução do serviço somado aos cuidados também

nas fases de projeto e manutenção são determinantes para a vida útil da construção, porém a idade

avançada, baixa frequência ou nenhuma manutenção e escassos cuidados inerentes ao uso e

ocupação do empreendimento estão intimamente ligados a probabilidade de ocorrência de

manifestações patológicas, as quais são onerosas e difíceis de recuperar.

Diante deste cenário e da preocupação de grandes construtoras, houve uma intensificação da

discussão do tema de patologias de fachadas com revestimento cerâmico, visto a importância do

aprimoramento das técnicas construtivas e dos métodos de gerenciamento e controle de qualidade

desse sistema.

2. OBJETIVO

Tem-se como objetivo quantificar o uso de revestimento cerâmico em fachadas de edifícios

residenciais multipavimentados comparativamente a outros revestimentos, de forma a verificar a

frequência na escolha daqueles, bem como avaliar seu estado atual de acordo com o tempo de uso

da edificação e sua manutenção, apontando as principais manifestações patológicas existentes e

de maior incidência na cidade de Cuiabá/Mato Grosso/Brasil.

3. MÉTODO DE PESQUISA

O método empregado consistiu em um estudo prévio dos tipos de revestimentos de fachadas, bem

como as manifestações patológicas de maior incidência.

Em seguida, realizou-se um levantamento quantitativo do tipo de revestimento utilizado nos edifícios

em estudo, visando diferenciar os revestimentos cerâmicos dos demais. Assim, por meio de

inspeção visual, a olho nu e com auxílio de binóculos, e registros fotográficos, foram identificadas e

apontadas as manifestações patológicas de maior ocorrência nas fachadas, permitindo assim uma

avaliação do estado de conservação geral dos edifícios.

Informações adicionais eram coletadas, como idade do edifício em questão, construtora, bem como

a ocorrência ou não de manutenção. Os edifícios foram classificados de acordo com sua faixa etária

em intervalos de 0 a 5 anos; 6 a 10 anos; 11 a 15 anos; 16 a 20 anos; e mais de 21 anos. Tal

classificação foi empregada na avaliação do estado atual de uso das edificações em relação à sua

idade.

O levantamento de dados foi realizado no mês de outubro de 2016 nas regiões de maior

concentração de edifícios residenciais na cidade de Cuiabá/Mato Grosso/Brasil: bairros vizinhos ao

Jardim das Américas, Canjica e Goiabeiras, em um raio de 3 quilômetros entre si (Figura 1), de

forma a não apresentar influências externas, como diferença de temperatura e umidade, que

pudessem afetar os resultados do estudo.