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Ao analisar a Figura 3, percebe-se que para incorporações de até 20% houve uma tendência de
aumento da consistência da argamassa, gerando melhor trabalhabilidade e argamassas com maior
fluidez. Esse resultado se origina pelo efeito dos fílers na argamassa, onde os fílers atuam como
lubrificantes na argamassa até certos teores, ajudando na retenção de água e promovendo um
melhor deslizamento entre os grãos. Já para teores superiores a 20% houve uma diminuição da
consistência resultando em argamassas pouco trabalháveis. Segundo Alcantara (2015), isso pode
ser explicado em função da alta absorção de água devido ao alto teor de resíduo de cerâmica
vermelha. Que devido a sua característica geométrica e por estar sendo incorporado em altos teores
pode vir a reduzir significativamente a consistência da argamassa.
4.2 Resistência à tração na flexão
A Figura 4 demonstra os valores médios das resistências à tração na flexão da argamassa aos 14
dias, sendo incorporadas em relação ao volume do agregado miúdo, com a incorporação de
resíduos de cerâmica vermelha nos teores de 0%, 10%, 20%, 50% e 100%.
Figura 4.
Resultados das resistências médias à tração na flexão.
Fonte: autores (2016).
Analisando a figura anterior, nota-se uma tendência de queda da resistência à tração na flexão para
todas os percentuais de incorporações de resíduo, verifica-se a influência do resíduo nos resultados
do ensaio, diminuindo em até 44% a resistência à tração na flexão para as argamassas com
incorporações quando comparadas com a argamassa de referência. Seguindo uma tendência já
apontada por Mantovani (2014), que utilizou resíduos de lodo de fosfatização e o mesmo obteve
comportamento similar, o autor argumentou que com o aumento de incorporação de resíduo, o
corpo de prova tem tendência a uma queda de resistência.
A partir dos valores médios das resistências à tração na flexão foi verificado que todas as
incorporações se enquadram na classe R1 segundo a ABNT NBR 13281(2005), visto que todas as
incorporações apresentaram resistências menores que 1,5 MPa. Os resultados encontrados
mostram valores relativamente baixos, porém, enquadram-se dentro da norma, necessitando a
incorporação de alguma fibra para melhorar a resistência à tração na flexão.
4.3 Resistência à compressão
Os valores médios das resistências à compressão da argamassa aos 14 dias, incorporada com
resíduos de cerâmica vermelha nos teores de 0%, 10%, 20%, 50% e 100%, estão representados
na Figura 5.