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respectivamente, reter uma grande quantidade de calor e facilmente trocar este calor com o solo.

Além disso, por funcionar em circuito fechado, se elimina o risco de umidade e fungos. Ainda, o

custo para instalar os reservatórios enterrados (RE) é reduzido significativamente, por não precisar

das escavações para os tubos. O presente estudo foi realizado nas dependências da Unisinos

obtidos experimentalmente

in loco

, bem como dados da a região metropolitana de Porto Alegre.

2. OBJETIVO

O presente artigo busca elencar uma nova forma de se climatizar edificações residenciais e

comerciais. Foram estimadas analiticamente a dimensão de um sistema de climatização natural,

que faz uso de geotermia e energia solar fotovoltaica por meio do sistema EWHE, e a economia

média anual de energia elétrica.

3. MÉTODO DE PESQUISA

Para se estabelecer um banco de dados das trocas de calor envolvidas no sistema EWHE foi

construído um modelo experimental. Com base nestes dados elaborou-se um modelamento

matemático quantificando as trocas térmicas envolvidas no processo, bem como da energia

necessária para movimentar os fluidos, ar e água. Com auxílio do software

EnergyPlus

se obteve

as cargas térmicas necessárias para climatizar uma habitação popular e dimensionar o sistema

EWHE para aplicação em escala real.

3.1. Unidade experimental

Um protótipo, Figura 1, composto basicamente por um ambiente controlado (AC), um reservatório

enterrado (RE), um sistema fotovoltaico (PV) e instrumentos de medição foi usado para formar a

base de dados locais. Na parte a ser condicionada, o AC, foram instalados um trocador de calor

compacto (CHE) tipo tubo aletado com um ventilador de 10 W integrado, uma resistência elétrica e

sensores de temperatura para verificar a diferença entre as temperaturas de entrada e saída da

água no CHE, das paredes interna e externa e da temperatura do ar no interior do AC. A parte

responsável pelo condicionamento térmico do AC, o EWHE, se localiza no solo e é constituído por

um RE em concreto, com capacidade volumétrica de 0,38 m

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, preenchido com água e enterrado

com a base a 2 m de profundidade. No seu interior foram instalados sensores de temperatura da

água e da temperatura da parede. Uma bomba de água de 12 W foi responsável por circular a água.

O solo no local da instalação do RE é monitorado por 3 sensores de temperatura na profundidade

de 1 m, o primeiro posicionado na superfície do RE e os outros dois distantes 0,7 m e 4 m do RE.

A água é conduzida do RE até o CHE e retorna ao RE por meio de dutos instalados dentro de canos

PVC50 com isolamento térmico de poliuretano expansível (PU).

Módulos fotovoltaicos foram utilizados para alimentar um banco de baterias que supriu de energia

elétrica a bomba de água e o ventilador. Estes equipamentos operaram ininterruptamente durante

todo experimento, fazendo a movimentação dos fluidos, evitando assim o uso da energia elétrica

da concessionária. Já, para alimentar os instrumentos de controle e medição e a resistência elétrica,

foi feito uso da energia da concessionária.

Os sensores, o fluxo de água e a potência da resistência elétrica foram monitorados por 153 dias,

de setembro de 2015 a fevereiro de 2016. Foram utilizados sensores RTD-PT100 devido a boa

precisão, de ± 0,1 °C, que é importante devido à baixa diferença entre as temperaturas analisadas.

Os sensores foram calibrados por imersão em banho térmico e equiparados a um termômetro

aferido, o que gerou para cada sensor uma equação de ajuste para a temperatura medida. A vazão