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crescimento recorde e em 2016 a expectativa é de aumento de 300%. O governo ainda informa que
os investimentos até 2030 estarão na ordem de 100 bilhões de reais (PORTAL SOLAR, s.d.).
Em pesquisa realizada, verificou-se que o Rio Grande do Sul é o terceiro estado em instalação de
energia solar em 2015 e o quarto, em empresas com energia solar ativas (Portal Solar, s. d).
Infelizmente, uma das principais questões a resistência da implantação do sistema nas edificações
é o seu custo inicial. A expansão do mercado deste tipo de energia irá promover uma redução de
custo, já verificado nos últimos anos.
Gasparin e Krenzinger (2016) empregam o programa SAM (System Advisor Model) para simulação
de um sistema fotovoltaico em dez cidades brasileiras e os resultados demonstraram que é possível
verificar, com as simulações, que com variações até 50º a leste e oeste, e com inclinação até 40º,
não há grande variação da energia anual.
Em trabalho realizado pelos autores, empregando o programa SAM (System Advisor Model), foi
avaliada a produção mensal e anual de energia solar na cidade de Santa Maria (RS) para as quatro
orientações e três ângulos de inclinação do sistema fotovoltaico, 29º, 45º e 90º. Os resultados
demonstraram que mesmo na pior condição, com 90º de inclinação para os painéis fotovoltaicos, a
produção de energia poderia atender 50% do consumo médio de uma edificação unifamiliar, com
um investimento inicial de 16 mil reais, com tempo de retorno do investimento de 6,5 anos. Assim,
esse estudo demonstrou que a geração de energia através de central geradora solar fotovoltaica
aplicada em edificações pode propiciar elevada produção de energia anual, implementando a matriz
energética com sistemas sustentáveis, necessitando somente uma maior conscientização dos
profissionais ligados a Engenharia e Arquitetura e da sociedade de um modo geral.
5. CONCLUSÃO
A matriz energética brasileira e gaúcha está fortemente embasada nas usinas hidrelétricas, que são
consideradas ambientalmente adequadas, entretanto em sua implantação, provocam grandes
impactos ambientais, sociais e econômicos. Além disso, quando ocorre uma menor incidência de
chuvas, as termelétricas são acionadas, as quais empregam combustíveis fósseis, emitindo gases
que provocam o efeito estufa.
A questão energética é uma questão fundamental em todos os países e cada vez mais há a
necessidade da diversificação da matriz energética, buscando um perfil mais sustentável, como
está ocorrendo no Rio Grande do Sul, pois de toda a potência gerada, 23,37% da matriz é
disponibilizada através de empreendimentos sustentáveis e, além disso, há previsão de mais 14
empreendimentos eólicos.
Como foi visto, o Brasil é um dos países que possui uma das melhores condições para geração de
energia solar, o que também se reflete em solo gaúcho. Portanto, uma maior ênfase deveria ser
dada a geração de energia através de sistemas fotovoltaicos em edificações residenciais e
comerciais, pois este tipo de investimento preserva os recursos naturais e possibilita o
desenvolvimento sustentável com geração e emprego e renda local, necessitando somente uma
maior conscientização da sociedade, de um modo geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, B. Será possível fazer uma Energia Limpa? Diário de Notícias, P. 1, 2009.
ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Banco de Informação de Geração, 2016.