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econômico e ambiental, o que reforça a necessidade de se inserir outras fontes de energia, que
poderão auxiliar no sistema para a tomada de decisão.
Pelo que foi apresentado anteriormente, assim como no Brasil, a situação se assemelha no Rio
Grande do Sul para a matriz energética, que será apresentada no próximo tópico.
4.2. A Matriz Energética do Rio Grande do Sul
A matriz energética no Rio Grande do Sul é, como a do Brasil, com base fortemente hidrelétrica. O
problema é que na construção dos reservatórios de água para geração de energia há vários
impactos a serem considerados, os ambientais, onde a flora e fauna do local são modificadas, há
também questões sociais e culturais, pois várias cidades já foram submersas em função das
grandes barragens e também há as questões econômicas. Apesar da energia hidrelétrica ser
considerada sustentável, eles determinam impactos irreversíveis ao meio ambiente e ao homem.
Em entrevista à revista do Instituto Humanitas da Unisinos, o vice-presidente do Comitê Estadual
da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o Engenheiro Agrônomo Alexandre Krob descreve a
matriz energética ideal “onde as formas de geração sejam menos impactantes, com um
reaproveitamento muito maior da energia solar, eólica, das marés, com opção para pequenas
hidrelétricas gerando energia para ser consumida na região, com um esforço muito grande para
reduzir as perdas de transmissão de repotencializar geradores”, ainda descreve “ Se nessa nova
era energética ainda houvesse lugar para algumas grandes usinas hidrelétricas, o desafio seria
planejá-las e construí-las sem causar graves e irreversíveis impactos sociais e ambientais como
vem acontecendo” (WOLFART, 2010).
No Rio Grande do Sul, a sua capacidade instalada produz 9.403.343,43 kW, representando 6,27%
da capacidade instalada de todo o Brasil (Figura 4).
A Tabela 2 apresenta a evolução do consumo e o número de consumidores de energia elétrica no
estado do Rio Grande do Sul. Para melhor visualização, construiu-se a Figura 5, que indica a
evolução do consumo durante os anos de 2011 a 2015. Verifica-se, conforme seria esperado, que
o maior consumo é no setor industrial, seguido do residencial e que o consumo total de energia está
em torno de 30.000 GWh. Tendo em mãos estes dados, surge a questão, como está distribuída a
produção dessa energia?