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3. MÉTODO DE PESQUISA

3.1 Definição da potência instalada do SFCR

Dimensionou-se um sistema fotovoltaico conectado à rede (SFCR), para cidade de Vitória-ES, com

potência instalada de 1,5 kW considerando: (a) o cenário estadual do uso residencial da energia

solar fotovoltaica, obtido no Sistema de Registro de Geração Distribuída (ANEEL, 2016c) e; (b) o

consumo residencial predominante de energia elétrica no país e no Estado, fornecidos pelo Anuário

Estatístico (EPE, 2016a).

3.2 Seleção e cálculo do número de módulos fotovoltaicos

Visando otimizar a área para a instalação do SFCR, a quantidade de energia produzida e o custo

do investimento, optou-se por trabalhar com módulos de potência mínima de 245 Wp. Foram

coletados orçamentos junto aos fornecedores e selecionado o módulo com a melhor relação

estimada de custo por energia produzida (R$/kWh) na cidade de Vitória. O número de módulos foi

obtido dividindo-se a potência máxima do sistema pela potência máxima do módulo selecionado.

3.3 Cálculo da irradiação solar no local de instalação do sistema

Os dados de irradiação solar do local foram obtidos por meio do programa SunData, disponibilizado

pelo CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio Brito, (CRESESB, 2016).

O

software

fornece a irradiação solar diária média mensal com base nas coordenadas geográficas

do local de interesse. Disponibiliza ainda a irradiação para o plano horizontal e para a latitude

considerada. Optou-se por trabalhar com dados mais conservadores, ou seja, de irradiação no plano

horizontal. Caso o investidor opte por instalar com o ângulo igual a latitude, os resultados aqui

apresentados poderão ser otimizados.

3.4 Dimensionamento do inversor

Os inversores foram orçados juntamente com os módulos e, com base nas propostas recebidas, foi

selecionado o inversor com a melhor relação entre o custo e a potência de saída do inversor (R$/W).

Dois critérios, conforme Pinho e Galdino

et al

(2014), foram considerados para verificar se o total

de módulos poderia ser conectado ao inversor selecionado:

(a) Tensão do inversor: tensão máxima de entrada do inversor, em corrente contínua, deve ser

superior à tensão da fileira de módulos em série;

(b) Potência do inversor: o sistema fotovoltaico dificilmente atinge sua potência nominal devido

a redução da potência do módulo com o aumento da temperatura. Portanto, para otimizar

custos, costuma-se dimensionar o inversor com uma potência inferior à total do sistema.

Para tanto, considera-se um Fator de Dimensionamento do Inversor (FDI) que relaciona a

potência nominal em c.a. no inversor com a potência de pico do sistema. Essa relação deve

ficar na faixa de: 0,75 a 1,05.

Considerando que em um sistema conectado à rede os módulos fotovoltaicos devem ser ligados

em série, e ainda, que a tensão destes módulos possui relação com a temperatura, Pinho e Galdino

et al (2014) descrevem as seguintes etapas para avaliação do efeito da temperatura:

(c) cálculo da tensão de circuito aberto do conjunto de módulos ligados em série (Voc

-

cm):

Voc

-

cm = tensão de circuito aberto do módulo x nº de módulos em série Eq.(1)

(d) avaliação do efeito da temperatura sobre a tensão do conjunto de módulos em série: