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As categorias CA e CE propõem ações para redução de água e energia, respectivamente, através

do uso de dispositivos economizadores e outras ações gerenciais. A categoria CM aborda ações

de compras responsáveis (madeira certificada, por exemplo), redução do consumo de materiais,

dentre outros; GRE trata das ações para redução/ eliminação dos impactos causados pelos

resíduos, emissão de material particulado e ruídos; A categoria GP aborda ações gerenciais,

focando na sustentabilidade, dos diversos subsetores da obra (projeto, planejamento, etc). A

categoria IP aborda ações visando o maior conforto e segurança dos ocupantes, transeuntes e

vizinhança e a categoria RE propõe ações de mitigação dos impactos causados ao entorno.

Cada uma das boas práticas identificadas foi agrupada em apenas uma categoria. Quando uma

boa prática poderia ser agrupada em mais de uma categoria (a exemplo da ação “Utilização de

projeto para produção de alvenaria”, que poderia ser agrupada nas categorias CM, GRE e GP),

buscou-se direcioná-la a categoria na qual a boa prática seria mais impactante, considerando, para

tal, a categoria já definida na pesquisa analisada.

A categoria Gestão de Resíduos e Emissões (GRE) foi a que apresentou o maior número de boas

práticas (155), seguida das categorias Aspectos Sociais (131), Gestão dos Processos (97), Relação

do Edifício com o Entorno (82), Instalações Provisórias (75), Consumo de Água (69), Consumo de

Materiais (61) e Consumo de Energia (51).

Muitos trabalhos acadêmicos já foram desenvolvidos abordando soluções para a categoria GRE,

principalmente em relação a gestão de resíduos em canteiro de obras, porém a adoção das ações

de boas práticas ainda está ausente na maioria dos canteiros de obras. O tema “Emissões e

Resíduos” na pesquisa realizada por Guimarães (2013) teve 88% das diretrizes consideradas como

“importante” e “muito importante” pelas construtoras, porém o número de diretrizes adotadas nas

empresas entrevistadas foi de apenas 20%. A categoria Aspectos Sociais (AS) teve o segundo

maior número de boas práticas, reafirmando que a sustentabilidade na construção civil não depende

somente dos aspectos ambientais.

De cada categoria apresentada foram selecionadas as boas práticas mais citadas pelos autores,

conforme apresentado na Tabela 3, visando identificar aquelas mais prioritárias em futuras

implementações, que necessitarão de indicadores para controle e monitoramento. A Tabela 3

mostra ainda, os indicadores propostos a partir das boas práticas analisadas.

Tabela 3.

Boas práticas mais citadas por categoria e indicadores propostos

Categoria Boas práticas

Indicadores propostos

AS

Treinar os colaboradores quanto às ações

sustentáveis adotadas no canteiro;

Prover ações relativas aos cuidados com a

saúde e segurança dos funcionários;

Capacitação profissional dos colaboradores.

Índice de capacitação da mão de obra;

Número de ações de qualidade de vida no

canteiro de obras.

CA

Utilizar sistemas economizadores;

Realizar inspeções preventivas para evitar o

desperdício de água;

Promover medições e acompanhamento do

consumo.

Consumo de água por trabalhador e ao

longo da obra;

Consumo de água por área construída;

Utilização de componente economizador de

água nos pontos de consumo.

CE

Utilizar equipamentos e aparelhos com baixo

consumo de energia;

Medir e monitorar o consumo de energia.

Consumo de energia ao longo da obra;

Consumo de energia por área construída;

Lâmpadas e equipamentos com selo

PROCEL e/ou economizadores de energia.