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Considerando a composição de resíduos, foi possível determinar o potencial total mensal de energia

a ser gerada através da incineração (Tabela 7).

Tabela 7.

Produção de energia estimada em Porto Alegre sobre o volume da coleta regular

considerando a reciclagem

Quantidade total não reciclada

RSU (t/dia)

Potencial de geração

de energia (MWh/t)

Potencial total diário

de energia gerada na

usina (MWh)

Potencial total

mensal de energia

gerada na usina

(MWh)

1398,87

0,56

783,37

20.367,55

No Cenário 2, verificou-se que mesmo com a reciclagem, a usina teria potencial de gerar, em média,

20.367,55 MWh/mês, demonstrando que os resultados são uma boa opção para o município.

Em ambos cenários, manteve-se a coleta seletiva existente juntamente com a disposição final dos

aterros sanitários para recebimento das cinzas da usina

WTE

, bem como aqueles resíduos que não

puderam ser consumidos na incineração.

Os dois cenários mostram uma boa fonte de geração de energia, reduzindo a demanda proveniente

de outras fontes. Contudo, no cenário 2, com a reciclagem, ocorre o aproveitamento da energia

existente nos resíduos e a conservação dos recursos naturais, bem como a geração de empregos,

devido à implantação do processo de triagem no sistema. Entretanto, vale ressaltar, que as 18

cooperativas de catadores não seriam afetadas em nenhum dos cenários porque os resíduos da

coleta seletiva reciclados não compõem o volume de 1.635,5 t/dia. Como resultado, constata-se

que a incineração é uma opção viável técnica e ambientalmente desde que bem monitorada.

5. CONCLUSÃO

Mediante o estudo da análise gravimétrica das tipologias encontradas no RSU e o poder calorífico

inferior, o estudo demonstrou que o PCI encontrado em Porto Alegre é de 2.476,34 kcal/kg (Cenário

1 – sem reciclagem) e 1.995,54 kcal/kg (Cenário 2 – com reciclagem) resultando na viabilidade

técnica da incineração pela queima bruta.

No cenário 1, os resultados demonstraram uma geração de energia elétrica de 23.812,88 MWh/mês.

Já no cenário 2, esta geração foi de 20.367,55 MWh/mês.

Diante da concepção de gestão ambiental, o cenário 2 pode ser considerado o mais adequado pois

fomentará a reciclagem e aumentará sua eficiência, aproveitando-se a energia contida nestes

resíduos e a minimização na extração de recursos naturais. Além disso, se aproveitará o potencial

energético do rejeito na geração de energia elétrica que será direcionado ao próprio município e a

redução significativa da disposição em aterro sanitário.

A partir dos valores obtidos na pesquisa, concluiu-se que há viabilidade para o processo de geração

de energia elétrica utilizando-se os RSU do município de Porto Alegre.