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For that, the Londe method (2015) was adapted and provided a survey of six indicators
(infrastructure, leisure/socialization, access, vegetation, safety and maintenance). This multicriterial
evaluation was carried out from the authors' view, however, the necessity to face the results with the
opinion of the park’s visitors was felt. The results highlight how important it is to articulate the two
forms of evaluation, meanwhile, it points out the sectors most in need of measures in the park.
Keywords:
Green areas; Urbanization; Environmental Quality; Indicators.
1. INTRODUÇÃO
Há mais de 60 anos tem-se uma definição bem estabelecida sobre o conceito de saúde humana,
desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) a descreveu como "um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades" (OMS, 1948,
p.1). Esta definição implica que, para se compreender o conceito de saúde, uma grande variedade
de fatores correlacionados deve ser considerada. Portanto, além de abranger aspectos
relacionados aos indivíduos (saúde biológica e mental) e aspectos interpessoais (relações sociais),
a questão da saúde humana também inclui aspectos contextuais, ou seja, deve-se considerar os
ambientes de permanência prolongada onde as atividades humanas se desenvolvem (espaços
internos dos edifícios), bem como os espaços de transição que servem de palco para a vida
cotidiana (espaços urbanos).
Esta concepção também está em conformidade com o que a OMS sugere em relação às políticas
de saúde, quando ela infere que tais políticas necessitam da aplicação de medidas multisetoriais
(WHO, 1999). Depreende-se, a partir daí, que medidas políticas relacionadas à saúde devem ser
concebidas atentando-se para o ambiente no qual as pessoas vivem. Com essa premissa em
mente, considerando que os ambientes urbanos têm abrigado uma porção cada vez maior da
população mundial, chega-se a problemática no âmbito nacional. O Brasil – assim como outros
países em desenvolvimento – vivencia um aumento exponencial de sua população urbana, cujo
índice passou de 46% em 1960 a 86% em 2015, segundo a United Nations (2015), o que tem
promovido uma urbanização descomedida e pouco planejada.
Desta forma, problemas associados à urbanização têm igualmente crescido, e em vista disso, tanto
na esfera pública quanto nos círculos acadêmicos, a urbanização tem se tornado um tema
significativamente crítico, bem como um campo de estudo específico. Pesquisas nesta área têm
contribuído para reconhecer a urbanização como um processo que influi diretamente nas
transformações da atmosfera, no uso do solo e em condições ambientais que influenciam em longo
prazo as formas de vida não-humanas (LUKE, 1997, SAYRE, 2010). Elas também têm tornado mais
claros alguns aspectos negativos do desenvolvimento urbano, Rezvani; Mansourian; Sattar (2012),
por exemplo, salientam a degradação ambiental, a privação social, a carência de emprego e de
habitações, a insegurança e, por fim, o congestionamento do tráfego nas cidades.
Tendo-se em mente que a urbanização excessiva tem contribuído para que as cidades tenham uma
maior parcela de ambientes degradados e, portanto, desfavoráveis aos seus habitantes, destaca-
se que uma das alternativas que visam mitigar esta condição fundamenta-se nos espaços
denominados como áreas verdes urbanas. Por definição da Resolução CONAMA N° 369/2006, uma
área verde urbana consiste em um espaço público que, além de satisfazer finalidades paisagísticas,
ecológicas e recreativas, deve propiciar “a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da
cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização" (MMA, 2016). Assim,
visto que as áreas verdes urbanas devem contribuir para aprimorar as condições ambientais de um
determinado local, conclui-se que sua existência e manutenção integram uma estreita ligação com
a saúde e bem-estar humanos. Corroborando este argumento, estudos epidemiológicos têm