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evapotranspiração. Quando agrupadas, o potencial aumenta, e podem representar uma estratégia

bioclimática para microclimas urbanos mais confortáveis.

No Brasil, há alguns trabalhos que fazem referência à pequena área de sombra que a palmeira

proporciona, como é o caso da pesquisa de Weirich et al. (2015), na qual identificaram a espécie

arbórea

Roystonea oleracea

(Palmeira Imperial) como a mais comum nas avenidas avaliadas em

Goiânia, Goiás. Segundo o estudo, em geral, palmeiras são bastante ornamentais e apropriadas ao

paisagismo, porém para a arborização urbana, proporcionam pouca sombra.

Neste contexto, a motivação da pesquisa foi quantificar a capacidade de atenuação térmica

proporcionada por diferentes espécies de palmeiras.

2. OBJETIVO

Esse trabalho tem como objetivo contribuir para o conhecimento de algumas espécies de palmeiras

sob o aspecto de atenuação solar, isto é, seu papel como mitigador da radiação solar, favorecendo

a qualidade de sua sombra, em clima tropical de altitude.

3. MÉTODO DE PESQUISA

Trata-se de uma pesquisa exploratória, com técnicas de coleta de dados quantitativos, através de

medições de variáveis ambientais. A metodologia adotada foi adaptada de Bueno (1998), Bueno –

Bartholomei e Labaki (2003) e Abreu e Labaki (2010).

A área de estudo, um terreno gramado de 1280 m², com topografia pouco acidentada, está

localizada no Campus da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo (22°48’57” S;

47°03’33” O; elevação de 640m). O clima da cidade de Campinas é o tropical de altitude (tipo Cwa,

de

Köppen)

, com chuvas no verão e seca no inverno (CEPAGRI, 2016).

Como objetos de estudo, foram selecionadas três diferentes espécies de palmeiras: “Rabo de

Raposa” (

Wodyetia bifurcata), “

Tamareira” (

Phoenix dactylifera

) e “Washingtônia” (

Washingtonia

robusta

), com características específicas que as distinguem principalmente em relação às folhas.

A palmeira Rabo de Raposa apresenta tronco simples de 5,1m de altura e 0,16m de diâmetro.

Possui folhas pinadas, com a região terminal recurvada e aspecto crespo, com folíolos numerosos,

agrupados de espaço em espaço, inseridos em todas as direções, bi e trifurcados, em forma de

cunha longa e estreita, com a parte terminal mais larga e irregularmente denteada.

A Tamareira possui tronco revestido pela base de folhas já caídas, com 0,27m de diâmetro, e 4,3m

de altura. Suas folhas são pinadas, com numerosos folíolos, rijos, os da base transformados em

espinhos.

A Washingtônia possui tronco revestido pela base de folhas já caídas, com 3,3m de altura e 0,35m

de diâmetro, dilatado na base. As folhas são palmadas, em forma de leque, divididas até a metade,

com segmentos rijos e pendentes, sustentadas por pecíolos fortemente denteados nas margens.

As três palmeiras foram plantadas alinhadas e distantes uma das outras de 7,0m (de eixo a eixo),

posicionadas a 10,0m da edificação mais próxima, distantes de 9,0m da área pavimentada do

estacionamento, para evitar interferência de sombra das copas umas nas outras e de elementos

externos, como mostra a Figura 2a. As coordenadas das palmeiras foram obtidas por levantamento

topográfico utilizando Estação Total da Leica, para serem inseridas no programa ArcGis online®,

conforme Figura 2b.