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qualitative research, for which were selected three different types of palm trees, "Rabo de Raposa"
(
Wodyetia bifurcata
), "Tamareira" (
Phoenix dactylifera
) and "Washingtônia" (
Washingtonia robusta
).
A sample of each type was planted alone, on extensive lawn, at the campus of the State University
of Campinas, in São Paulo. The site, with a slightly rugged topography, does not suffer interference
from the shading of buildings or other tree species. Obtaining of quantitative data consists
of measurement of air temperature, globe temperature, relative air humidity, wind speed and solar
radiation, under sunlight and under shade. Measurements of the environmental variables under the
sun and shade position of each species of palm were carried out over three days during the nine-
hour/day period in the spring of 2016. Preliminary results showed that "Washingtônia" presented a
greater attenuation of the Solar in comparison with "Tamareira" and "Rabo de Raposa", confirming
the effect of cooling of the palms, different behavior among species. Other data collections will be
made in the summer, autumn and winter, in order to obtain results according to different solar
positions. These results provide important information to landscapers on the use of palm trees,
taking into account the thermal effect, besides aesthetics.
Keywords:
thermal comfort; palm trees; solar attenuation; shading.
1. INTRODUÇÃO
Na maioria das cidades, a natureza tem sido sistematicamente eliminada. A vegetação das áreas
públicas e privadas tem função prioritariamente estética, e áreas pavimentadas predominam em
empreendimentos imobiliários. As intervenções paisagísticas lançam mão de espécies restritas,
raramente utilizando todo o potencial ecológico, com a biodiversidade nativa existente (HERZOG,
2013).
A arborização é fundamental para que as cidades sejam sustentáveis. As árvores têm importância
no sistema biológico urbano, tanto nos espaços públicos quanto nos privados. Se de um lado as
áreas mais artificializadas da cidade, como é o caso dos centros, produzem maiores alterações no
clima local, por outro, as áreas que mais se aproximam da natureza, de lugares mais arborizados,
apresentam um clima mais ameno. Segundo Cânovas (2014, p.1): “é notória esta diferença quando
ficamos em pé sob uma árvore frondosa. Em nada se compara com a sombra de uma marquise
onde, apesar do sombreado, o calor e a sensação térmica são intoleráveis”.
Entre outras espécies arbóreas, as palmeiras são as plantas mais características da flora tropical,
com larga utilização na composição do paisagismo nacional, provocando fascínio por seu porte
elegante. São plantas perenes, arborescentes, pertencentes à família
Arecaceae
(
Palmae
),
monocotiledôneas, lenhosas, formando um grupo natural de plantas, com morfologia muito
característica, que permite a sua identificação sem maiores dificuldades. Elas apresentam
desenvolvimento perfeitamente individualizado, caracterizado quanto à forma e aspecto.
Atualmente, registra-se a existência de aproximadamente 240 gêneros e 2700 espécies de
palmeiras no mundo (LORENZI et al., 2010).
As folhas são os órgãos mais vistosos das palmeiras e apresentam uma grande diversidade de
formas (ALVES, 1987): palmadas, pinadas, pinadas com fendilhamento parcial, pinadas bífidas ou
bipartidas e bipinadas, conforme Figura 1. Por ser considerada escultural, a palmeira é uma opção
muito utilizada no paisagismo, podendo ser plantada com alturas diversas e com as folhas já
formadas, tendo efeito visual imediato (TRINDADE, 2010).