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técnicas, desde que comprovem desempenho satisfatório. Já o usuário é beneficiado através da

possibilidade de compra de imóveis com maior qualidade construtiva e que proporcionam mais

conforto ambiental em seu interior, além de outros benefícios.

Dividida em seis partes a NBR 15575 (ABNT, 2013) possui requisitos específicos para os diferentes

elementos da edificação: Requisitos gerais, para sistemas estruturais, de piso, de vedações

verticais internas e externas, de coberturas e hidrossanitários. A norma classifica ainda os níveis de

desempenho de acordo com a adequação aos critérios estabelecidos; os níveis são: M (mínimo), I

(intermediário) e S (superior), sendo o nível mínimo considerado obrigatório.

3.

DESEMPENHO AMBIENTAL

O desempenho ambiental em edificações residenciais ao longo de seu período operacional está

entre os requisitos apontados pela NBR 15575 (ABNT, 2013) através das exigências relacionadas

ao desempenho térmico, acústico e lumínico. Para o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),

desempenho ambiental é a conformidade dos ambientes internos da edificação a um conjunto de

requisitos estabelecidos em função das exigências humanas levando em consideração as

condições térmicas, lumínicas, de ventilação, insolação, acústica, visual e táctil (IPT, 2016).

O conceito de desempenho ambiental envolve variáveis humanas de caráter fisiológico, psicológico

e econômico que devem ser satisfeitas pelo edifício a fim de que este cumpra a função para a qual

foi projetado ao longo de sua vida útil (MITIDIERI FILHO, HELENE, 1998). Estas variáveis relativas

à segurança, conforto, funcionalidade, entre outros aspectos são analisadas e posteriormente dão

origem a critérios de desempenho a serem considerados no projeto e execução de uma edificação

(HOPFE, 2009

apud

KERN, SILVA et al., 2015).

Baseado na norma, a aplicação de conceitos de desempenho ambiental no projeto implica na

melhoria de aspectos como conforto térmico, acústico e lumínico (Corbella e Yannas, 2009). Apesar

deste fato, já há muitos anos, o desenvolvimento de projetos em construtoras e incorporadoras está

voltado principalmente para a redução de prazos e custos no projeto e na execução da obra, visando

primordialmente o lucro e deixando muitas vezes em segundo plano o desempenho ambiental das

edificações, entre outros elementos relacionados à qualidade do edifício (OKAMOTO, 2015).

O conforto ambiental nos espaços internos é de grande importância, pois pode ter influência na

qualidade de vida dos usuários de um edifício. O desconforto do usuário no ambiente pode ocorrer

por frio, calor, irritação com ruídos, pouca ou muita iluminação e com isto efeitos negativos podem

aparecer, tais como interferência no desempenho de tarefas, stress, dores de cabeça, entre outros

(FERRAZ, 2008).

As estratégias para ampliação do conforto ambiental são mais facilmente aplicadas na etapa de

projeto. Escolhas adequadas nesta etapa são fundamentais para o posterior desempenho do

edifício (IPT, 2016). A aplicação de estratégias para ampliação do desempenho ambiental das

edificações depende de fatores como o conhecimento e capacitação dos profissionais e da

valorização do mercado na hora da compra do imóvel.

4.

MÉTODO

A análise em relação ao conhecimento e aplicação dos conceitos relacionados ao desempenho

ambiental e da norma entre profissionais da construção civil foi realizada a partir do envio de

questionários a arquitetos e engenheiros civis atuantes em projetos e execução de obras

residenciais na região metropolitana de Porto Alegre, RS. O questionário enviado visou analisar a

popularidade da aplicação das estratégias de desempenho térmico, acústico e lumínico nesta

localidade. Primeiramente foram solicitadas informações básicas do profissional, tais como idade,